Adão Cruz
O Tempo caminho da razão no ventre das horas vazias, o sonho de não serem horas todas as horas sem tempo.
O tempo uma sinfonia de sonhos nascidos entre as asas e os dedos, pintando as cores da razão por entre sombras e medos.
O tempo a força do abrigo das mãos dadas com a haste frágil do trigo, caminho incerto sobre abismos de gestos e palavras sem regresso.
O tempo prisão de chegadas e partidas sem horas de liberdade, um poema crucificado nos labirintos da verdade.
O tempo uma guitarra chorando nos dedos da Primavera, um beijo sempre à espera entre os lábios do Verão.
O tempo horas de tudo e de nada na inquietude da mente, a liberdade acorrentada entre as velas e o vento.
O tempo uma paveia de esperanças nos braços da ilusão, um poema abandonado entre o sonho e a razão.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
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Só a Carla é que cria figuras como a Fatinha e o velho apaixonado, fala no tempo como se fosse uma despedida à porta de um café e dá origem a um texto tão bonito como esse aí do Adão.
ResponderEliminarObrigado Luis, pelos estímulos que tão agradavelmente nos tocam
ResponderEliminarNa verdade é um poema que voa no tempo tão sem tempo. Belo poema.
ResponderEliminarpaxiano
Ainda bem que este texto saíu porque eu também tenho um comentário deslocado ao texto da Carla. E o que eu te queria dizer ontem e não disse, Carla, é que, por muito que a capacidade de criação seja uma riqueza, por muito que a liberdade de expressão seja um valor primordial a defender a todo o custo, há textos que são assassinos, não compensam o nosso orgulho em escrevê-los: este teu e A Minha História. Hoje odeio-me por tê-la escrito.
ResponderEliminarCom toda a amizade.
O poema é muito bonito. Já conhecia. Desconhecido era o quadro que deslumbrou o Orlando. Ele diz que o compra se lhe fizeres um bom preço.
ResponderEliminarCarla, espero que tenhas ficado a perceber pelo mail. Um beijinho
ResponderEliminarVá, Adão, põe a leilão :) Eu gosto muito é dum que está em Espanha e já não há nada a fazer.
ResponderEliminarEste também está em Espanha, em Ourense.
ResponderEliminarQue raio! Vai tudo para os espanhois. És um traidor. Merecias ser atirado pela janela, como o outro.
ResponderEliminarE na sexta feira vou levar outro a Pontevedra.
ResponderEliminarEntão vai e não voltes. Pede a nacionalidade castelhana.
ResponderEliminareheheh eu ando a ver de qual gosto para comprar um quadro, mas gosto de tantos. Na conversa da Carla e da Augusta não me meto, conversa de mulheres é um poço de vida, feliz do homem que as acompanha, conheço alguns e invejo-os profundamente.
ResponderEliminarLuís, quem? Os homens que me acompanham a mim e à Carla? Essa agora! Como é que tu sabes isso? :))
ResponderEliminarAugusta, já faltou menos, não para me nacionalizar castelhano mas galego.
ResponderEliminarLuís, diz quais são, que eu também estou interessado.
Pontevedra, Ourense...
ResponderEliminar... espanhóis, nacionalidade castelhana...
Então, então, atenção e tento na língua
trata-se de Galegos!
"Pobre Galiza, não deves
chamar-te nunca espanhola,
que Espanha de ti se olvida
quando és tu, ai!, tão formosa."
Rosalia de Castro
Cantares Galegos
Meninos mal comportados nem sei o que vos responda.
ResponderEliminarÓ Pedro, não te chega o espaço que tens no blog? Olha que eu gosto muito da Galiza, não me faças enjoá-la :-))
Olha, Adão, tanto me faz. Já que levas os quadros todos daqui para fora, podes ir também. E aquele azul e verde do "Tu vens" também está em Espanha?
ResponderEliminarEu sei, Pedro, eu sei que é Galiza. Desculpa lá o lapso.
ResponderEliminarHomens com quem as mulheres partilham as conversas , vocês perceberam muito bem. E, já agora, podemos saber mais alguma coisinha? Acontece-me sempre ficar à margem, olhem a minha depressão.
ResponderEliminarQue coisinha é que queres saber, Luís? A minha conversa com a Carla passou-se nos bastidores precisamenbte para vocês não saberem nada. Ponto final. Não sejas curioso. Até amanhã.
ResponderEliminarAugusta, esse a que te referes, que é apenas um pormenor, pertence aos que irão fazer parte da próxima exposição, cuja data e local ainda não estão completamente definidos.
ResponderEliminarCaro Pedro Godinho, dou-te inteira razão. E eu que sou todo galego, adoro a Galiza, conheço toda a Galiza palmo a palmo e tenho imensos amigos de coração na Galiza. São gafes imperdoáveis, que procurarei não repetir. Um abraço
ResponderEliminarassombroso quadro e poema
ResponderEliminarQue valioso rol de comentários! Vale a pena a gente aventurar-se.
ResponderEliminarJá agora podias fazer uma exposição cá em Lisboa.O Luís tinha ficado de tratar com a Associação 25 de Abril para o lançamento do livro. Agora podia fazer isso para uma exposição.
ResponderEliminaro Adão e o Zé Magalhães quando estiverem interessados em fazer uma exposição na A25A é só dizerem.
ResponderEliminar28 comentários! Estás no Guiness :))
ResponderEliminarSó agora pude ler o teu poema, Adão. Adorei-o, como ao quadro.
ResponderEliminarMas essa de "pedires a nacionalidade galega" não lembra a ninguém... :o)
(muito embora a Galiza seja quase a única parte dos vizinhos que eu gosto)