História do Movimento Operário e das Ideias Socialistas em Portugal
I – Cronologia
Carlos da Fonseca
Publicações Europa-América, s. d.
Obra de referência sobre a história do movimento operário português entre 1800 a 1974. O volume I é uma cronologia exaustiva dos acontecimentos políticos, económicos, sociais e culturais mais marcantes de todo o período em análise. O volume II aborda os congressos operários ocorridos no período de 1865-94. O volume III analisa a relação entre a Igreja Católica e o movimento operário no período compreendido entre a encíclica Rerum Novarum à implantação da República. O último volume desta obra ainda incompleta propõe-se estudar as greves e agitações operárias no período de 1852 a 1910.
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História do Movimento Operário e das Ideias Socialistas em Portugal - II
Os Primeiros Congressos Operários
Carlos da Fonseca
Publicações Europa-América, s. d.
Toda a pesquisa é viciada, titubeante e prolixa quando baseada em hipóteses e na ignorância de documentos. Num caminho onde se dão actualmente os primeiros passos, as conclusões precipitadas arriscam a asfixia no terreno movediço.
Era inútil lembrar que se desconhece a esmagadora maioria dos trabalhos dos congressos operários, se, feitas as contas, se não tratasse dos diplomas mais genuínos dos movimentos de trabalhadores. Há pois que relê-los, reconhecendo-os como emanação das vanguardas, e articula-los com um operariado mais vasto e menos definível
O carácter esparso e parcelar da documentação não é da nossa responsabilidade. Trata-se duma lacuna intrínseca ao movimento, dum obstáculo intransponível para quem dispunha de tão parcos meios humanos e materiais.
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História do Movimento Operário e das Ideias Socialistas em Portugal III
O Operariado e a Igreja Militante
Carlos da Fonseca
Publicações Europa-América, s. d.
Em Janeiro de 1974 conhecemos no seminário de G. Haupt (École des Hautes Etudes des Sciences Sociales) um investigador espanhol cuja tese se intitulava «Sindicalismo obrero católico en Espana».
Ao trocarmos impressões sobre as pesquisas que empreendia sob a direcção de Pierre Vilar, Juan José Castíllo perguntou-nos se não tinha existido um movimento equivalente em Portugal. A surpresa invadiu-nos. Os nossos conhecimentos limitavam-se às vinte e três páginas redigidas por N. Rodrigues, com informações tão vagas que nos parecia não valer a pena insistir sobre o assunto. Baseando-se no exemplo espanhol, logo o nosso interlocutor nos persuadiu a aprofundar uma matéria que de dia para dia se tornava apaixonante e vasta, ao ponto de nos ver-mos coagidos a limitá-la cronologicamente até a queda da monarquia.
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História do Movimento Operário e das Ideias Socialistas em Portugal IV
Greves e Agitações Operárias
Carlos da Fonseca
Publicações Europa-América, s. d.
Para se fazer história, ensina-nos Werner Sombart, não basta coleccionar estatísticas mais ou menos completas, mais ou menos corrigidas. De há dois séculos a esta parte, a investigação económico-social fez tão grandes progressos, dotou-se de tais instrumentos, que foi possível arquitectar grandes sínteses sem a utilização constante e maçuda de «exercícios contabilísticos».
Simplesmente, tal hipótese suscita do leitor imediata objecção: para que as grandes construções dum Max Weber fossem possíveis, quanto terreno não foi desbravado na recolha de dados brutos, quantos exercícios estatísticos se não empreenderam, quantas sínteses parciais não prepararam na obscuridade os alicerces do edifício?
Fenómenos como as greves, repetitivos e mensuráveis, não podiam logicamente abordar-se sem um sistema de pesos e medidas.
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terça-feira, 2 de novembro de 2010
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