quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Metro de Lisboa - isto não é sério!

Luis Moreira

Tenho um cartão que carrego periodicamente para me transportar no Metro de Lisboa. Faço-o porque é mais cómodo embora com o preço do cartão, o desembolso precoce do dinheiro não traga nenhuma vantagem financeira.

Há dois dias, esqueci-me do cartão em casa e quiz comprar um bilhete para fazer uma só viagem até casa. Não é possível. Só comprando um cartão, diz-me o funcionário. Mas que faço eu a outro cartão? pergunto eu, ainda um pouco perplexo. Guarda-o!

Ora o cartão custa 50 cêntimos o que somado ao preço do bilhete, 85 cêntimos, dá 1,35 euros. Isto é, o preço do bilhete é de 1,35 euros ao contrário das tabelas oficiais de preços da companhia que nos informa ser de 85 cêntimos!

A isto chama-se roubar as pessoas, prepotência perante os clientes, só possível porque é um monopólio e porque os reguladores só existem para Tuga ver, não regulam nada e, quando regulam, vão para a rua.

Se nos dermos ao trabalho de ver as facturas da maioria das empresas que operam no mercado interno, incluindo os bancos, o preço a pagar é sempre muito superior ao preço tabelado, há sempre umas alcavalas que oneram o preço final.

Esta prática é uma forma de pôr os cidadãos a pagar mais impostos além dos legais, pagamos água, combustiveis, electricidade, muito mais caros do que na UE, e assim se explicam os lucros fabulosos destas empresas protegidas pelo Estado e e pelo interesse dos accionistas.

Bem sei, que no caso do Metro, o cartão deve ser pago para que os utentes tenham cuidados com a sua utilização, mas impedir que os utentes possam pagar uma só viagem é de uma prepotência só possível num Estado que é cada vez menos de Direito.

No que me diz respeito, não comprei cartão nenhum, fui a pé para casa, a bem do meu coração, como recomenda o nosso Adão Cruz. Mas quem mora longe ou tem dificuldades em andar ou tem pouco dinheiro?

Paga e não "bufes", é a política comercial destes gestores milionários!

1 comentário:

  1. e se fosse na carris um bilhete comprado ao motorista é um papelinho que custa 1,45 e sem direito a cartão. O metro fica 60 cêntimos mais barato.

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