Luís Moreira
O que os divide? O que os une?
O PS, nasceu pelas mãos de republicanos que acreditavam profundamente na Liberdade política e só mais tarde descobriram a economia de mercado. O PSD, nasceu na primavera marcelista, convencido que seria possível mudar as coisas por dentro. Acreditava que a melhoria do nível de vida, conseguido por uma economia mais aberta levaria o país para a democracia.
Mas, ambos, mesmo não estando na governação, estão no poder, ficaram ligados, qual gémeos siameses, numa teia de interesses que os leva a estarem de acordo no essencial e, na verdade, pouco os separa.
Após, os primeiros dirigentes, gente batida na vida e com carreira profissional, chegaram aqueles que se fizeram nas Jotas, sem curriculum académico e/ou profissional, juntam-se nos gabinetes ou nas administrações das empresas, presas fáceis para quem verdadeiramente manda!
Após a saída de cena de Ferro Rodrigues e Leonor Beleza, talvez os últimos com peso próprio, a classe política está marcada quando é sujeita às exigências da governação, como o caso bem recente do deputado Branquinho, aceitando um emprego numa empresa parceira até agora dos socialistas, mas que os ventos soprando em direcção diversa, a levaram a mudar ,interessada que está na privatização da RTP que um futuro governo PSD ameaça levar a efeito.
O centrão está aí e nada de verdadeiramente muda, seja qual for o partido que esteja no governo, temos um Estado paralelo criado pelos dois partidos que dá emprego a boys e que assegura as correias de transmissão necessárias, afastando a administração pública do que é fundamental.
O que fazer? Enquanto cheirar a poder as várias facções dentro dos dois principais partidos não se reordenam em novos partidos, misturando e dando de novo, por forma a afastar do poder os grupos económicos de sempre e as corporações que se sentam à mesa do orçamento.
O futuro não é fácil, enquanto os boys (do PS e do PSD) enriquecem o povo empobrece.
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