Financeira... Homofóbica... Direitos Humanos….
Raúl Iturra
Bem sabemos que Portugal vive em crises, por outras palavras, em embaraço na marcha regular dos negócios. Mas não apenas. A crise não é apenas financeira, é também da ética dos costumes e uma indefinição nas relações humanas. É uma crise complexa que a falta de espaço não permite explicar de forma extensa. É preciso separar seus elementos para entender a vida social.
Parece-me ser a mais grave a crise financeira. A fórmula do multiplicador de investimento, é dizer empregar (capitais) em actividades lucrativas que rendem mais-valia, foi a primeira crise que me levara a escrever este texto. Fórmula ou indicação do modo de operar para obter um resultado, para o caso que falamos, lucrativo, que rende mais-valia ou dinheiro traz dinheiro ou propriedade de bens que aumenta a acumulação da riqueza de que pode investir. A forma de empregar actividades lucrativas, foi formulada por John Maynard Keynes (1) , complexa como
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(1) Keynes, John Maynard. 1936: The general theory of employment, interest and money, Macmillan Cambridge University Press, em formato de papel 428 páginas, comigo a versão de 1973 da Royal Academic Society. Texto completo acessível na ligação http://www.marxists.org/reference/subject/economics/keynes/general-theory/ versão luso brasileira: Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money). Tradutor: CRUZ, Mário Ribeiro da. São Paulo: Editora Atlas, 1992. ISBN 9788522414574, texto no qual argumenta: Keynes defendeu o papel regulador do Estado na economia, através de medidas de política monetária e fiscal, para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms económicos. Keynes é considerado um dos pais da moderna teoria macroeconômica. Acrescenta a denominada lei da Say que diz que a procura cria a sua própria demanda ou:” quando um produtor vende seu produto, o dinheiro que obtém com essa venda é gasto com a mesma vontade da venda de seu produto " - sinteticamente: "a oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos, pode ser lida em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Say e o debate contra a lei de Say que dominava a micro economia do Século XVIII, até o ponto de orientar a teoria de Adam Smith, editada em 176-77 ela é por combinar moeda, especulação monetária e procurar bens de infra-estrutura que enriquecem. Em tempos, conhecia bem, de cor e salteado. No entanto, por estar bem guardada pelo lucro que a fórmula pode dar (2) , passa a ser um segredo de investimento da concorrência para evitar rivais que possam descobrir essas denominadas infra-estruturas que avultam a posse de bens. Com todo, os diversos elementos guardados em silêncio pelo seu organizador, foi
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por Routledge, Kegan and Son, Londres, em formato de papel, comigo a primeira edição, em linha, texto completo: http://www.adamsmith.org/smith/won-intro.htm teoria originada nas obras de Quesnay, especialmente 1756-1757: “Les Moissons” e “Métayer”, ou a denominada teoria de laisser faire, laisser passer. Teoria à que se pode aceder na ligação http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Fran%C3%A7ois+Quesnay+&btnG=Pesquisar&meta= . A obra de Keynes, em francês, está acessível na ligação http://classiques.uqac.ca/classiques/keynes_john_maynard/keynes_jm.html
(2) Apenas um exemplo: 7. O investimento nacional privado
7.1. A Poupança (S)
A poupança nacional corresponda à parcela da renda nacional não gasta em bens e serviços de consumos produzidos na economia.
S = y – C = y – (a + by)
Logo:
S = a + y (1 – b) +
7.2. Investimento
Parcela do produto nacional do produto nacional não consumida, ou seja, aquilo que não é gasto em consumo e serviços.
7.3. O multiplicador de investimentos (k)
É um coeficiente (numero) associado à variação dos investimentos que determina a magnitude de variação no nível da renda nacional. Onde:
PMC = Propensão Marginal a Consumir
PMS = Propensão Marginal a Poupar
Logo: quanto maior a PMC ou menor a PMS, tanto maior será o multiplicador.
Como é evidente, é o cientista que entende e sabe explicar, não é para todo leitor para todo leitor de jornal entender!
Citação que em ingles diz: the familiar irregularity of economic time series had not one but two sources: not only the exogenous shocks but also unpredictable behaviour generated endogenously by the nonlinearities characteristic of economic structures. (c) 1994 Academic Press, Inc.
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analisada e descobertos os seus componentes, coordenações, elementos que a integravam e as melhores infra-estruturas para lucrar, pelo seu discípulo e amigo pessoal, Richard Kahn enobrecido por explicar a todo o mundo como era possível elevar o nível de vida, simplificando a fórmula de Keynes. O primeiro advogava que todo investimento criava a sua própria procura, no se famoso livro de 1836, editado também em português, citado em nota de rodapé. O seu discípulo e amigo, Lord Kahn, ao encontrar o segredo da teoria de Keynes, publicara, em 1931 o seu livro The economics of the short period, CUP, que em português seria A economia de curto prazo, uma análise que debatia o revolucionário conceito da macroeconomia de Keynes que diz: A teoria de Keynes é baseada no princípio de que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. Quanto maior a renda, maior a percentagem da renda poupada. Kahn acrescenta no mesmo texto, a necessidade de repensar a ideia: o rendimento nacional não estava controlado pelos recursos existentes, mas sim pela procura real. O significado da teoria da Kahn baseava-se na ideia que a irregularidade da economia tinha duas bases: o embate o colisão desde fora da economia, bem como embates gerados dentro do comportamento não linear e imprevisível dos sujeitos que praticam essas economias (3).
E foram estas ideias que me levaram a dar a grande volta a análise de apenas crises financeiras - Keynes, apesar do seu segredo multiplicador de investimentos, faliu duas vezes por não ouvir ao seu discípulo. Uma terceira vez ouviu, analisou o comportamento social dos membros da economia e ganhou uma fortuna imensa, herdada pela sua Faculdade King’s College da Universidade de Cambridge, onde conheci e intimei com Lord Kahn e aprendi a entender que as crises financeiras são, antes de económicas, sociais.
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Como é evidente, é o cientista que entende e sabe explicar, não é para todo leitor para todo leitor de jornal entender!
(3) Citação que em ingles diz: the familiar irregularity of economic time series had not one but two sources: not only the exogenous shocks but also unpredictable behaviour generated endogenously by the nonlinearities characteristic of economic structures. (c) 1994 Academic Press, Inc. Copyright 1994 by Oxford University Press. A tradução e interpretação do texto é minha, dentro da minha teoria
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Uma segunda crise caracteriza o país. Há ambição sem medida de querer ganhar o que nunca se teve ou investimentos arriscado na bolsa dos valores, com dinheiro que não pertencem a quem investe, mas sim ao Estado. É denominado o delito de desfalco. Ou, o não satisfazer a soberania o que o povo procura: no caso de Portugal, a liberdade para se - divorciar, para casar outra vez ou divórcio sem conflito, por acordo mutuo, não precisa ir a tribunal; a ideia incutida na cultura da homofobia, que, para a minha agradável surpresa, são leis que passaram. Tenho lido em vários jornais, frases como esta: ”o PS compromete-se a reconhecer o casamento gay...quando entender”. A minha interpretação da frase é: “quando houver eleições...”. A homofobia está definida assim: A homofobia (homo = igual, fobia = do Grego φόβος "medo"), é um termo utilizado para identificar o ódio, aversão ou a discriminação de uma pessoa contra homossexuais ou homossexualidade, ou genericamente de modo pejorativo, qualquer expressão de crítica ou questionamento ao comportamento homossexual .
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(4) Definição retirada de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Homofobia o texto é mais completo e cumprido, mas o sintetizo na definição Keynes, John Maynard. 1936: The general theory of employment, interest and money, Macmillan Cambridge University Press, em formato de papel 428 páginas, comigo a versão de 1973 da Royal Academic Society. Texto completo acessível na ligação http://www.marxists.org/reference/subject/economics/keynes/general-theory/ versão luso brasileira: Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money). Tradutor: CRUZ, Mário Ribeiro da. São Paulo: Editora Atlas, 1992. ISBN 9788522414574, texto no qual argumenta: Keynes defendeu o papel regulador do Estado na economia, através de medidas de política monetária e fiscal, para mitigar os efeitos adversos dos ciclos econômicos - recessão, depressão e booms económicos. Keynes é considerado um dos pais da moderna teoria macroeconômica. Acrescenta a denominada lei da Say que diz que a procura cria a sua própria demanda ou:” quando um produtor vende seu produto, o dinheiro que obtém com essa venda é gasto com a mesma vontade da venda de seu produto " - sinteticamente: "a oferta de um produto sempre gera demanda por outros produtos, pode ser lida em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Say e o debate contra a lei de Say que dominava a micro economia do Século XVIII, até o ponto de orientar a teoria de Adam Smith, editada em 176-77 por Routledge, Kegan and Son, Londres, em formato de papel, comigo a primeira edição, em linha, texto completo: http://www.adamsmith.org/smith/won-intro.htm teoria originada nas obras de Quesnay, especialmente 1756-1757: “Les Moissons” e “Métayer”, ou a denominada
No meu pensar e sentir, a discriminação ao matrimónio de pessoas do mesmo sexo, homossexual, pensa-se que é uma é uma violação a Constituição que não permite a liberdade de amar, lei que, por meio do Código Civil, não pune o amancebamento ou um casal heterossexual a viver juntos sem passar por nenhum tipo de ritual. É parte da crise financeira a insatisfação do povo. Ou o caso do racismo, uma
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teoria de laisser faire, laisser passer. Teoria à que se pode aceder na ligação http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Fran%C3%A7ois+Quesnay+&btnG=Pesquisar&meta= . A obra de Keynes, em francês, está acessível na ligação http://classiques.uqac.ca/classiques/keynes_john_maynard/keynes_jm.html
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terceira crise, onde os não portugueses, especialmente os que vêem da África, ou não são permitidos ou é-lhes outorgado trabalhos mínimos, mal pagos e de segunda ou terceira categoria. Se solicitam a naturalização, devem prestar uma prova de língua portuguesa para quem nem sabe ler e escrever na sua própria língua. Acabava este texto a dizer, como membro da Amnistia Internacional, que este factos, como aprendo com Lord Kahn, são uma violação aos Direitos Humanos, a liberdade de opção, quarta crise institucional do nosso país.
Keynes tinha ficado curto nas suas ideias. Kahn, as tinha amplificado, até o ponto de colaborar connosco em Cambridge na Associação Academics for Chile. Os economistas, esses os meus colegas de Universidade no seu tempo, Lord Kahn e Lord Kaldor, exilado por causa da revolta húngara contra a União Soviética, entendiam que a economia não é apenas uma fórmula para investir. Há factos sociais como o controlo do Estado para emitir papel-moeda, cunhar moeda, balançar o que se produz e comercia como mercadoria, como acabaria por dizer Karl Marx em 1867 no seu volume 1 do seu afamado livro O Capital. Crítica da Economia Política, que analisa ideías como: as crises financeiras são a resposta a falta de colaboração com os que nada têm e são, eles próprios, uma mercadoria, como no vaso de Portugal e algumas das lutas que tenho mencionado, além das que parecem. Para Keynes, que tinha moeda em abundância, o investimento e a poupança eram normais. Mal aparecem os factores sociais, entre os quais também a guerra, poupança e investimentos, apenas possíveis para poucos, passam a ser o enquadramento social da crise que, hoje em dia, como a economia globalizada, acaba por ser crises financeiras da humanidade.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
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