sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Escolas : a avaliação é possível e inevitável

Luis Moreira

Importante Encontro REFORMAS EDUCATIVAS DE SUCESSO dedicado à Avaliação de Escolas e Alunos.

Participação especial de ERIC HANUSHEK, reputado especialista internacional da Universidade de Standford.

Comentários de Carlos Pinto Ferreira (Director do GEPE) e Paulo Trigo Pereira (ISEG).

Com a presença do Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura.

Anote na sua agenda: 6 de Janeiro (manhã)

Votos de Boas Festas da Equipa FLE.

Como se vê até há reputados especialistas internacionais sobre "As Reformas Educativas de Sucesso" é, pois, dificil de perceber que a avaliação das escolas e dos respectivos professores seja impossível, ou que não tenha credibilidade como defendem os sindicatos do sector e a corporação dos professores. Porque como tambem se lê e está muito explícito estas reformas referem-se à avaliação de escolas e alunos.

Ora, não é possível avaliar escolas sem se avaliar o resultado do trabalho dos professores, e não é possível avaliar os professores sem se saber quais são os objectivos que a escola se propõe atingir, o que por sua vez obriga a fixar metas e objectivos para cada professor. Depois, é mensurar, e pagar conforme o mérito e progredir na carreira conforme os resultados e, não, como acontece agora, esperar sentado que os anos passem para atingir o topo da carreira.

Após dez anos de rankings das escolas com os resultados que se conhecem, muitos dos professores se insurgiram contra o sistema utilizado que, evidentemente, não é perfeito mas que pode ser aperfeiçoado. Aliás, a comparação e análise das escolas que se classificam sistematicamente nos primeiros lugares, é uma prova irrefutável que se trata de boas escolas, embora possam existir escolas onde se trabalhe bem e não se consigam obter resultados, o que é, só por si, uma informação extraordinária e que devia obrigar o ME a dirigir para essas escolas a sua atenção, em vez de andar a fazer circulares a toda a hora.

Uma escola e os seus profissionais podem e devem ser avaliados como qualquer outra organização de prestação de serviços, observando as características próprias do sector e a sua actividade específica. Ao contrário, o que não se percebe é como pode funcionar uma organização se não souber para onde vai e que resultados deseja atingir. Quem dirigiu organizações conhece bem como isto se faz, e como é possível apoiar os bons profissionais, remunerando de acordo com os objectivos negociados.

Quem não quer avaliação, medição do mérito, ser pago segundo os objectivos negociados, progredir na carreira segundo as metas, são os que esperam continuar a não dar satisfações a ninguem sobre o seu trabalho. Isso sim é que é impossível!

2 comentários:

  1. Em primeiro lugar - não concordo que o Estrolabio publique logótipos de organizações políticas, ninguém me pediu concordância, é a minha opinião.
    Em segundo lugar - cá em casa é tudo professores, todos defendem a avaliação e eu para além da avaliação defendo o exame de ingresso na profissão; seria a forma de ponderar as notas do ensino público e do ensino privado, (onde os pais com dinheiro põem os futuros professores a estudar, não por causa da qualidade de ensino mas porque está garantida nota mais alta para a futura colocação nas escolas). O resto, escolas sem objectivos, rankings, são tretas já muito discutidas.
    O encontro não merece tantos anúncios, é pessoal do Ministério da Educação de Sócrates, com um teórico que concorda com Maria de Lourdes Rodrigues. Déjà vu.

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  2. De acordo, Carlos. É preciso discutir estes assuntos. A maioria das pessoas julga que a classe de professores são aqueles senhores que estão em permanente festa a descer a avenida ou em frente do ministério. E não é verdade. A maioria é gente de trabalho e concordam com a avaliação e os rankings. É preciso afirmá-lo. Quanto aos logótipos de organizações políticas eu nunca publiquei nenhum, embora se for igual para todos não me fazer diferença nenhuma.

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