sábado, 4 de dezembro de 2010

Natureza

 
António Sales
A nuvem poluída
investe sobre o dia,
desce o vale vermelho
ocultando a limpidez do céu.


Murcha o olhar das árvores indefesas
no silêncio da sua solidão.
Secam flores campestres
fecundadas nas raízes da beleza.


As trevas já castraram
os corpos de paixão.
A terra fica fria, laje de sepultura,
até que a Natureza
renasça da sua escravatura.




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