sábado, 25 de dezembro de 2010

Para Sempre, Tricinco ALLENDE E EU - autobiografia de Raúl Iturra - (33)

(Continuação)


O tempo, na escrita, não é cronológico, excepto se fizermos uma estrutura prévia do texto, não recomendável, no meu ver, para lembranças que, aos todo, seguem uma cronologia associada: uma lembrança vai retirando outra. Na realidade, na vida quotidiana, o tempo também não é estruturado: as conexões da realidade, vão inserindo ao escritor, como a qualquer pessoa, dentro de uma outra realidade. A única cronologia possível, é organizar o relato após escrita, mas o relato pode perde realidade. Eu diria que o que existe, uma sicronia no tempo, que corresponde ao escritor avaliar. Porque a narrativa que submeto ao leitor, é de factos que acontecem simultaneamente e é o nosso pensamento o que arruma essa estrutura do tempo e faz dele, um processo. Escrever, é ensinar. Mais uma associação que organiza a minha escrita.


Criação do Departamento de Antropologia e dedicação dos seus membros.


Enquanto eu ensinava aos narrados neste capítulo, íamos criando estruturas para trabalhar de forma fácil dentro e fora do Departamento. Fui ajudado imenso pela nossa primeira Secretária, a hoje Advogada Manuela das Neves Martins, essa minha Advogada que colabora comigo em vários acertos da lei de Estrangeiros. Foi substituída por essa socióloga muito querida, Ana Cristina Castro, quem, pela sua vez foi ao sítio que queria, o Conselho Científico e apareceu....a impagável Secretária Ana Paula Nazário, que ficava até as tantas, a trabalhar: trabalhava até tarde, ainda noite, dos seus afazeres: abandonava a sua rotina pelas 22 horas, e no dia seguinte já aí estava as 13 hrs., após das suas aulas de Ciência Política na Universidade Nova. Quando e onde dormia? Um mistério, no comboio, de certeza! Hoje trabalha no Ministério dos Assuntos Estrangeiros, como Manuela, referida por mim como a Minha Manelinha. Também, enquanto se formava como Magister em Gestão, Alcides Rei Velho, foi um o prudente e devoto secretário, até encontrar trabalho da sua especialidade em outro sítio. Substituídos pela brilhante antiga Secretária de Sociologia, Maria Paula Almeida, e o novo colega dela, Fernando Gil Ferreira. Eles, como essa abençoada Direcção de Serviços de Recursos Humanos , com a Dra. Leonor de Carvalho, as queridas Senhoras Maria da Fé Morgado e Márcia Antunes e todas as lindas senhoras que ai trabalham, Cristina, Ana Paula, Fernanda, Rosário, têm tratado da minha vida, como se for a vida delas, bem, como fazem com todos nós, esses mais de trezentos docentes que trabalhamos na nossa Instituição ISCTE. Essa Secção ajudou-me a incrementar os ordenados dos novos doutores que estavam a ganhar como assistentes por descuido ou não interferência dos dois Doutores, que estiveram a Presidir o Departamento, após de mim e antes de eu ser Presidente por quatro anos, mais uma vez. Era imperdoável esse descuido. O nosso Presidente do ISCTE não podia Governar tudo e nomeou um Administrador, que esquecia, normalmente, da Antropologia. Vezes sem fim fui falar com ele, a resposta era sempre a mesma: não tenho tempo, fala com o Administrador. Entretanto, o Presidente do ISCTE, começou convidar pessoas internacionais para conferir Doutoramento Honoris Causa: Immanuel Wallreistein , Sergéi Moscovici o Arquitecto Oscar Miemeyer , do Brasil, que, por causa da sua avançada idade e doença, não foi capaz de viajar desde o Brasil até Lisboa. O nosso Presidente, João Ferreira de Almeida, tinha lá estado para lhe comunicar o galardão e combinar a viagem. Mas, esta não aconteceu . Estava muito envelhecido e cansado. Enviei de imediato uma carta ao Presidente para solicitar que esse dinheiro for aplicado aos novos Doutores do Departamento, cujo ordenado era ainda de Assistentes. A resposta foi bem sucedida e os Doutores ganharam o que deviam e de forma retroactiva. Houve um pequeno debate entre João Ferreira de Almeida e eu, mas, com a passagem do tempo e as nossas serenidade e a bonomia do Presidente, acabou todo por ficar em bons lençóis! Na reunião da Comissão Coordenadora do nosso Conselho Cientifico, onde coloquei a questão, outras vozes também se levantaram. Mas, o Presidente ripostou que os fundos para esses doutoramentos Honoris Causa, eram diferente dos para pagar ao pessoal docente. Respondi que o Senhor Presidente tinha todo o Direito e o Dever de transferir fundos. Motivou um pequeno debate entre nós, deixou-me de falar por um tempo, até tudo se acalmar e tornar a ser o de sempre, o calmo, sereno, pacifico e sabido Presidente do ISCTE. A vida académica é longe de ser esse mar de rosas que todo o mundo pensa. Tem encontros e desencontros, especialmente entre as pessoas mais íntimas! A vida Académica é parte da vida!




O Departamento de Antropologia, essa a nossa obra: docentes e especialidades.


E é tempo de passar brevemente, aos currículos docentes não referidos. Enquanto íamos construindo o Departamento, íamos entrevistando em júri as pessoas que pretendiam trabalhar connosco. Os docentes escolhidos por nós de outras Universidades ou roubados, não eram entrevistados. Os que apareciam após do edital que abria concurso para Assistente em Antropologia Social, os candidatos eram todos entrevistados. Nunca esqueço o dia da entrevista ao ainda não Doutor Miguel Vale de Almeida, feita por mim e pelo José Carlos Gomes da Silva. Eu queria a ele para trabalhar comigo, mas não era prudente mostrar preferências e foi entrevistado pelo José Carlos. Ao perguntar se conhecia Malinowski, ele disse suave mas firme: não, não era parte do nosso currículo académico na Universidade de New York. Dava para acreditar. Malinowski nem sempre foi bem amado dos Norte Americanos, era uma ameaça para o seu saber, enquanto o alemão Franz Boas era o Santo Canadiano Americanos,, fundador da Antropologia nesses sítios do mundo, e as suas discípulas, como as suas discípulas Ruth Benedict e a sua discípula. Transferi-me de imediato para essa mentalidade e passei para a dita discípula de Benedict, Margaret Mead, e foi uma resposta rápida sobre ela. Ficou. Hoje, é um brilhante docente, sempre reclamado por mim para ser Presidente do Departamento, mas sem nunca querer chefias. Fez comigo o seu doutoramento em três anos. Está referido em . Antes de MVA, como o denominamos, começaram a aparecer candidatos para os novos sítios na academia ictesiana. Um dia qualquer, bateu a porta, do Gabinete, um sorridente Sociólogo, Pedro Prista, quem, com ar calmo, disse que tinha sido informado pelo Doutor Ernesto Veiga de Oliveira que havia necessidade de docentes na nova Licenciatura, e que ele estava prestes a colaborar. Era Sociólogo e recomendei que era melhor se apresentar para a Licenciatura de Sociologia, e ele, com esse eterno ar maroto que gosta vestir, disse que tinha estudado na Universidade de Nice, na qual a Antropologia era a parte central do Curso de Sociologia. Tive a sorte de o aceitar, apesar de eu conhecer muito bem como era essa Universidade Francesa. Calei, eu sabia que não era assim, mas em voz alta, comentei: Bom, si é o Ernesto o referido, deve ser verdade que sabe Antropologia, e solicitei, como era devido, a sua admissão no Conselho Científico, com um Parecer meu, e no Conselho Directivo, para cabimento orçamental. Pedro Prista foi uma mais valia para nós. O seu objecto de estudo eram as migrações de portugueses à França, que eu mudara, para o seu desgosto, em pesquisa etnográfica.com observação participante nas terras da origem de Manuel Viegas Guerreiro, com o espólio do Manuel, organizou, após tese, a Fundação Manuel Viegas Guerreiro em 2000. Pedro Prista alugou uma casa em Querença, pesquisou e escreveu uma tese ao longo de vários anos, denominada Sítios de Querença. Morfologias e Processos Sociais no Alto Barrocal Algarvio, escrita nos anos 90 e aprovada após defessa em 1994 por unanimidade, com distinção e louvor. Por causa da morte do seu pai, o meu amigo Helder Prista, a Sessão começou com um discurso meu, para desmobilizar a tristeza do filho, ao dizer eu: “Ao pé da Dona Helena Monteiro de Prista, parece haver um sítio vazio, mas o não está. Ai está sentada a alma do pai, o Dr. Helder Prista, que não teve tempo de esperar a defessa da tese e entrou na eternidade após leitura do texto completo, faz duas semanas”. Aprovou com distinção e louvor. Merecia, essa tese demorada, foi feita em dois meses por causa do pai, muito amado pelo filho. Como em qualquer sítio, a união entre gerações é o grande laço de ternura, aprofundado ao longo dos anos. Pedro Prista tem a fama de ser um excelente docente, mas nem por isso, um grande escritor. Está referido no sítio net .
Retomo a Graça Cordeiro no texto central. Ela, também destemida como Pedro Prista, apareceu um dia de 1984, também bateu a porta do meu Gabinete, disse: “Entre, faça o favor...”. E entrou uma rapariga que, com simplicidade e de forma directa, perguntou: “Sei que têm aberto concurso para Assistentes em Antropologia. Eu sou formada na Universidade Nova e preciso trabalho. Como no costumo ler os jornais, especialmente o Diário Oficial da República, nada sabia. Há ou não sítio para mim? Se houver, agradeço, se não houver, não me zango”. Lembro-me dessa palavras que me fizeram pensar na minha mente em silêncio. “Eis uma mulher de mais valia para o Departamento”. Como era o meu dever, perguntei de imediato qual a sua tese de Licenciatura e qual a nota de aprovação. Ela não ficou amanhada e referiu não ser muito alta. Por delicadeza, mais nada disse. Eu tinha estado a integrar júris de Licenciatura na U Nova de Lisboa e bem sabia que eram normalmente reprovados ou eram outorgadas notas muito baixas, excepto no caso de Clara Saraiva de Carvalho, cuja tese de Licenciatura eu tinha orientado para a Universidade Nova, ao ser examinada, solicitei para ela o mais alto valor: votei 20. Éramos dois, o Presidente do Departamento, o já desaparecido Augusto Mesquitela Lima, disse não ser hábito que....Mas, eu insisti e a candidata teve o seu 20, o que permitia dispensar o Mestrado para fazer o Doutoramento....comigo. Começou, mas, em breve, passou para um outro Doutor, cujo nome não lembro. Assuntos da Academia! No caso de Graça Cordeiro, fiz como à laia de Pedro Prista, e ficou. Bem como ficaram amigos um do outro, até hoje, os dois em Antropologia Urbana, os dois, mais tarde, no mesmo Mestrado, com o nosso referido Professor Joaquim Pais de Brito, quem ajudara imenso a, denominada por mi, Gracinha. O meu hábito era observar as aulas proferidas pelos meus colaboradores, mas Gracinha nunca o permitiu, dizia que ficava enervada! Respeitei e nunca assisti as suas aulas, mas tenho ouvido dizer que são aulas puras e duras. Na sua Agregação, argui o seu CV, com todo prazer. Mas, fiquei mais amigo do Silvino Cordeiro, o seu pai , e da sua mãe Amélia Maria Índias Cutileiro, essa prima do escultor. Não esqueço o dia, antes de ir de avião ao passar o Natal com as minha filhas e a minha mulher em Cambridge, que os dois me ofereceram uma prenda de Natal: uma bússola para me orientar, presente pragmático de Natal, mas também com uma certa ironia, típica deles. Acrescentaram: “já que mandas em nós, pelo menos para que saibas como mandar!”. Graça Cordeiro defendeu a sua tese e foi Doutora em 1996, com o mais alto valor. Está citada na nota de roadapé a seguir . É possível apreciar como ela é procurada por todos e ensina em todos os sítios. Apenas uma minha insistência, já referida na arguição do seu currículo: sabe muito, mas escreve pouco. Há um texto escritos por ela no livro colectivo organizado por Luís Baptista, Magda Pinheiro e Maria João Vaz, citado na nota de rodapé, o que, no meu ver, devia ser livro de forma própria e individual. Se ela um dia esquecer ou desaparecer, o quê vai ser de nós? Ou se escrevem as ideias, ou morrem connosco! Não entanto, as suas publicações são muitas, mas sempre com outros a se “agarrarem” do seu saber. Típico o caso do seu Mestrado, não realizado na Nova mas no nosso Departamento: “O Jogo da Laranjinha”, que nunca foi livro mas sim vários textos tirados da tese e publicados como artigos. Ela queria estudar TUDOS os jogos de TUDO o bairro de campo de Ourique. Teimosa como era, custou-me meses e imensas conversas telefónicas para a convencer da impossibilidade de abranger tanto!. Quando finalmente ficou convicta e no fim do seu trabalho. Disse-me: “Raúl tinhas tanta razão! Já nem posso ver Campo de Ourique e muito menos a Laranjinha, mal escrito em vários títulos de textos colocados na net por outros.


Notas:


A denominada DSRH, está referida no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=ISCTE+Direc%C3%A7%C3%A3o+de+Servi%C3%A7os+de+Recursos+Humanos&btnG=Pesquisar&meta= especialmente na página web: http://iscte.pt/dsrh.jsp que a define como: À DSRH compete assegurar a gestão de recursos humanos do ISCTE, nomeadamente no que respeita a recrutamento, contratações, nomeações, processamentos de abonos e vencimentos, regalias sociais (ADSE), recepção e expedição de correspondência.A DSRH compreende ainda:Divisão de Gestão de Recursos Humanos: Secção de Pessoal Secção de Vencimentos e Abonos Secção de Expediente e Arquivo Núcleo de Apoio Técnico

Immanuell Walrestein está referido em: http://www.mariomurteira.com/Downloads/Doutoramento%20Honoris%20Causa%20do%20Professor%20Immanuel%20Wallerstein.pdf , onde aparece o discurso do “padrinho”, o nosso Decano e amigo do galardoado, o Prof. Mário Murteira, bem como a resposta do galardoado, todo acontecido em 1999
Sergei Moscovici foi galardoado a seguir, no ano 2000, e o seu padrinho foi o nosso Professor Jorge Vala. Mencionado no Sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=+Sergei+Moscovici&btnG=Pesquisar&meta= O Diário de Lisboa de 30 de Novembro de 2003, diz: Na última semana, o instituto concedeuo título de Doutor Honoris Causapara o intelectual francês SergeMoscovici, que desenvolve estudosseminais na área da psicologia ocial, dedicando-se também aos estudosde uma antropologia das sociedadescontemporâneas. Não sem motivos,o ISCTE lhe concedeu este título. Trata-se de um pensador preocupadocom a questão do indivíduo e das minoriasativas nas sociedades pós-industriaie que interfere de formadecisiva na renovação das ciênciassociais em Portugal, reintegrando opaís no cenário intelectual da Europa. Retiradp do jornal on line: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/238pag02.pdf O Padrinho foi, naturalmente, o nosso docente, o Professor Jorge Vala, quem tinha feito estudos e analises com Moscovici.
Oscar Niemeyer tem sido galardoado como o melhor Arquitecto do mundo, em inúmeros países. Entre eles, nós também queriamos, porque Portugal tem monumentos de Niemeyer. O meu Chile também o condecorou com a Ordeem de Cavaleiro da Cultura Gabriela Mistral, França o fez membro da Academia, e outros, referidos em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer A obra em Portugal está detalhada em: http://scholar.google.com/scholar?q=Oscar+Niemeyer+Obra+em+Portugal&hl=pt-PT&um=1&ie=UTF-8&oi=scholart , especialmente na Ilha da Madeira
Miguel Vale de Almeida, excelente académico, Presidente hoje da nossa Comissão Cientifica, tem um CV impressionante em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Miguel+Vale+de+Almeida&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= , especialmente na página Web: = , que refere a sua vasta obra. : http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_Vale_de_Almeida. O texto da tese está comigo, com dedicatória a mão, de forma elegante, publicado pela minha editora Fim de Século: 1996, meses depois da sua defessa como tese, ganhou o doutoramento por unanimidade e louvor: Senhores de Si. Uma interpretação Antropología da Masculinidade. A delicadeza do nosso Professor, o levara a ocultar nomes e sítios. Apesar de ter sido o seu orientador, não vou revelar o sítio da pequisa.
A fundação está na página web http://www.fundacaomanuelviegasguerreiro.com/index2.php?modulo=info por encomenda do nosso Presidente, Jão Ferreira de Almeida e outros colegas na Ciência da Antropologia. Gerida pelo nosso Doutor Pedro Prista, que habita na Vila de Loulé, sítio da aldeia de Querença, Concelho de Loulé., as duas vilas
Pedro Prista, sempre irrequieto, um eterno migrante da academia, em 2001 deixou o nosso Departamento para se integrar na aventura da Secção de Arquitectura do Prof. Doutor Arquitecto Manuel Teixeira, após grande debate se com ele iam ou não as cadeiras do nosso Doutor. Naturalmente, defendi ao nosso Departamento, o nosso Doutor devia ir ao lugar académico da sua conveniência, mas as suas cadeiras de Antropologia Urbana eram nossas. Se assim o não for, onde ficava a divissão da Ciência, inventada por nós no Ocidente, especialmente no ISCTE? A Antropologia Urbana, da qual Pedro Prista sabia imenso, era da criação e especialização da hoje Professora Doutora Maria da Graça Índias Cordeiro, matéria na qual o nosso Doutor também participava. Ele podia ir, mas a cadeira ficava connosco. Graça Cordeiro, a quem eu tinha empurrado para Sociologia Urbana primeiro, e Antropologia Urbana a seguir, foi enviada por mim ao Goldsmiths College de Londres, encomendada a Pat Caplan, academia onde nada aprendeu e, a seguir, com salário do Departamento, durante dois anos para a Universidade de Tarragona, onde aprendeu Antropologia Urbana com os já referidos Professores Joan José Pujadas e Dolors Comás d’Argemir. Foi uma festa para ela. Na minha presidência do 2000 ao 2004, ela presidia a Comissão Científica, mas, por temer que qualquer alegação dela puder parecer interesseira, solicitou-me a mim fazer a defessa, que eu devia, como Presidente do Departamento. Fiz, e ganhamos. Anos volvidos, o nosso migrante Pedro Prista, tornou ao Departamento. Foi ele a substituir os anos que Graça Cordeiro esteve fora para se especializar, como refere na sua tese de 1996, feita livro, um dos tantos que ela tem escrito, em 1997: Um Lugar na Cidade. Quotidiano, Memória e Representação no Bairro da Bica, Edições Dom Quixote, trabalho acompanhado por mim do começo até o fim. Nunca esqueço às tardes da sestas feiras, quando ela costumava dizer: “Desculpa Raúl, de ter sido tão ríspida contigo” ao longo de quatro anos. E, na minha presidência de 2004 a 2006, a Presidência da CC do Departamento, era por turnos, esse maldito hábito que sempre combati, mas sem muita sorte, porque, penso eu, ou estamos ou não, a continuidade é perdida com as alternâncias de chefias!. Tive três diferentes pessoas no nossa CC. Finalmente, Clara Alfonso de Carvalho ficou connosco permanentemente e fizemos do ISCTE, a Bolonha requerida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Este texto devia ir no corpo central, mas as ideias, tenho dito, são sem cronologias, cabe ao Editor arrumar o livro!
Graça Codeiro, currículo em: http://www.degois.pt/visualizador/curriculum.jsp?key=2084327740689668 , as sua linhas de investigação são: Antropologia urbana - Imaginário e simbolismo urbano - Bairros, associações, sociabilidade e no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-T&q=Gra%C3%A7a+Cordeiro+&btnG=Pesquisar&meta= ,especialmente ver a sua obra em: http://base.google.com/base/a/1603339/D12747476268904342530, que refere que: Professora no Departamento de Antropologia do ISCTE, investigadora do Centro de Investigações e Estudos de Sociologia (CIES-ISCTE), coordenadora do Mestrado e Programa Internacional de Doutoramento em Antropologia Urbana do ISCTE, há mais de quinze anos que se tem dedicado a actividades de investigação e ensino na área da antropologia urbana.
O seu interesse pela cidade e a vida urbana tem-na levado a aproximar-se de disciplinas como a sociologia, a história social e urbana, a geografia humana, a psicologia ambiental e o urbanismo, mantendo a sua ligação à disciplina de referência através da permanente valorização de uma perspectiva etnográfica, que coloca a prioridade desse conhecimento a partir «de dentro e de baixo».


Os textos são: “De lo exótico a lo familiar: el juego de la 'laranjinha'en Lisboa" In Identidades Colectivas. Etnicidad y Sociabilidad en la Península Ibérica. Valência: Generalitat Valenciana, 1990, 1999 - 207 Cordeiro, Maria G. Í.. "Jogo, sociabilidade, cultura: o jogo da laranginha em Lisboa" In Estudos em Homenagem a Ernesto Veiga de Oliveira. Lisboa, 1989, 281 - 303
Editado pelo Centro de Estudos de Etnologia/INIC.




(Continua)

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