domingo, 5 de dezembro de 2010

Semana do Ensino - Professores - são falsos os seus argumentos

Luis Moreira

Primeiro quizeram convencer-nos que a avaliação não era possível nas escolas; depois que a avaliação estaria condenada tal era a diversidade do ambiente social e económico das escolas; a seguir era que professores não podiam avaliar professores; depois que os directores das escolas eram nomeados não ofereciam garantias de transparência; os rankings das escolas eram uma falácia, não levam em conta os factores de diferenciação...enfim, tudo o que cheire a avaliação, a mérito e a responsabilidade a corporação dos professores não quer.

Agora fazem um ataque cerrado à escola privada contratualizada, e percebe-se porquê. Acabavam de uma só penada com as comparações de resultados que ano após ano lhes é tão penoso. Deixavam de ficar em últimos. Mas há outros países, onde há muitos anos que se avança nos caminhos da excelẽncia, do mérito e dos resultados.Vem hoje no jornal (i)(1/12).Leiam:

Conclusão do estudo "Como os melhores Sistemas de Ensino continuam a melhorar" divulgado pela empresa McKinsey:eis os 20 modelos estudados:
De fraco para satisfatório: Gana,Minas Gerais,Madhya Pradesh (Índia), Wester Cape (África do Sul)
De satisfatório para bom: Arménia,Chile,Jordânia
De bom para excelente : Aspire (US),Boston (US),Inglaterra,Long Beach (US),Letónia,Lituânia,Eslovénia,Polónia
Excelente: Singapura,Hong Kong,Coreia do Sul,Saxónia (Alemanha)Ontário(Canadá)

"não é a riqueza, o modelo político ou a geografia que contribuem para que estejam hoje entre os que subiram o rendimento escolar a curto prazo"."A formação de professores e de directores escolares foi um passo decisivo que aconteceu em todos os modelos, mas foram os líderes políticos que fizeram a diferença"

Os autores do estudo foram conhecer o que é que os modelos têm em comum e porque é que resultaram:

01 - O que é comum a todos os modelos : a formação dos professores e directores da escola, a avaliação interna e externa dos alunos,...a revisão de normas e currículos ou as recompensas remuneratórias para os bons professores e gestores da escola...( a escaldar...)

02 -Centralizar ou responsabilizar: nos sistemas de fraco ou satisfatório desempenho, as práticas são disseminadas para escolas e professores através de um organismo central, mas nos modelos de alto rendimento escolar já não funcionam. Nestes casos o avanço da educação decorre sobretudo da flexibilidade das políticas e da responsabilidade que se atribui aos professores para atingir as metas e cumprir as reformas...um terço das escolas que estão a passar para bom e dois terços para excelente, descentralizaram as funções pedagógicas para as escolas. Há um orgão central para responsabilizar os professores pelo seu próprio desempenho e dos seus colegas.( faz lembrar algum país...? )

03 - Planos de carreira: nos sistemas com bom ou excelente os professores mais habilitados assumem a responsabilidade de ajudar os colegas em ínicio de carreira a atingir as metas de ensino propostas. Há práticas de colaboração entre escolas, todos os professores do mesmo grupo disciplinar reúnem-se para fazer o planeamento semanal das aulas. São obrigatórias também a observação de aulas entre colegas e o ensino em conjunto.O objectivo é melhorar a prática de ensino e tornar os professores responsáveis uns pelos outros.( está muito quente...)

Avaliação, mérito, autonomia,formação permanente,extras remuneratórios aos bons professores ...tudo o que é impossível na escola portuguesa!

Continua ( não é uma ameaça )

4 comentários:

  1. Está tudo muito certo. Atenção aos mecanismos!

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  2. Aí estão os professores cheios de argumentos...

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  3. São estudos feitos em vários países (20) por uma empresa internacional, assessorada por políticos ligados aos ensino, professores, gestores escolares...

    Lá, obtêm-se resultados, classificam as escolas em suficientes,boas e excelentes, pagam extras aos bons professores, usam sistemas há muito conhecidos e que têm toda a credibilidade. Aqui é que a corporação não tem a noção do rídiculo quando defende a impossibilidade de as escolas e os professores serem avaliados. Olhe o argumento daquele cobardola anónimo.Não sabe mais do que aquilo.Vou comprar um corrector automático e, o cobarde, por sua vez passa a ser avaliado.É justo!

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