Adão Cruz
O mal do homem não está em pensar e ter ideias, o mal do homem está em não pensar e não ter ideias.
Por isso, na sequência de um artigo anterior aqui publicado, sinto necessidade de correr um pouco mais atrás de ideias e de fazer mais algumas reflexões em relação a este tão aliciante tema. Os que acham que sou tolo e desprovido de senso têm uma solução fácil, não leiam. Mantenham as suas valiosas ideias fechadas no cofre do deixa andar e não te rales.
Costuma dizer-se que a ciência é um cemitério de hipóteses e eu concordo. No entanto, cada hipótese perdida é um degrau de acesso à hipótese situada acima, e no meio desse cemitério de hipóteses a ciência vai-se consolidando e conquistando verdades que ganham raízes bem fundas no conhecimento humano. Se, por exemplo, as conclusões de uma sonda espacial dizem que provavelmente não há água em Marte, e as conclusões de uma sonda enviada posteriormente dizem que provavelmente há água em Marte, a primeira hipótese não foi negativa nem inútil, pois sem ela, com certeza, não se chegaria à segunda hipótese.
Também a filosofia pode ser, muitas vezes, um amontoado de disparates, e não deixa de ser importante e muito útil como pré-ciência, isto é, como proposição, umas vezes credível outras não, em que a investigação científica, sem qualquer preconceito, assenta muitas vezes os pés. Veja-se, por exemplo, o caso, muito actual, de Espinosa e António Damásio.
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domingo, 11 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
E, no entanto, ela move-se...
Luís Moreira

O nosso amigo Adão Cruz, num belo e elucidativo texto fala-nos no Homem como um ser constituindo um todo, onde o "material" e o "espiritual" são uma e a mesma coisa, sem um não existe o outro e vice-versa. Essa diferença resulta das conexões que existem entre as partes que constituem o todo, há uma "causa-efeito" que funciona sempre, resultado das condições em que se formam, das circunstâncias de cada um e de todos os seres humanos.
Subscrevo inteiramente, não acredito em algo que não se possa explicar, aí estaremos no domínio da Fé, do acredito porque sim, o que não quer dizer que não exista( se existir um ser humano que acredite em Deus, eu acredito em Deus,Saramago dixit). A formação científica do nosso aventador, ainda para mais sendo médico, não poderia deixar de o levar a essa conclusão tão objectiva, tantas foram as vezes em que se viu perante a vida e a morte do seu semelhante, sabendo que para aquela "causa" só há um "efeito", fosse ele um ente que pudesse tudo e muito sofrimento seria evitado. Não há pois nada para além daquilo que está ao alcance da ciência, e mal estaríamos se "um ente que pode tudo" não quisesse!

O nosso amigo Adão Cruz, num belo e elucidativo texto fala-nos no Homem como um ser constituindo um todo, onde o "material" e o "espiritual" são uma e a mesma coisa, sem um não existe o outro e vice-versa. Essa diferença resulta das conexões que existem entre as partes que constituem o todo, há uma "causa-efeito" que funciona sempre, resultado das condições em que se formam, das circunstâncias de cada um e de todos os seres humanos.
Subscrevo inteiramente, não acredito em algo que não se possa explicar, aí estaremos no domínio da Fé, do acredito porque sim, o que não quer dizer que não exista( se existir um ser humano que acredite em Deus, eu acredito em Deus,Saramago dixit). A formação científica do nosso aventador, ainda para mais sendo médico, não poderia deixar de o levar a essa conclusão tão objectiva, tantas foram as vezes em que se viu perante a vida e a morte do seu semelhante, sabendo que para aquela "causa" só há um "efeito", fosse ele um ente que pudesse tudo e muito sofrimento seria evitado. Não há pois nada para além daquilo que está ao alcance da ciência, e mal estaríamos se "um ente que pode tudo" não quisesse!
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quarta-feira, 30 de junho de 2010
É preciso arrojo, eu sei!
Adão Cruz
É preciso arrojo, eu sei!
Nestes tempos futebolísticos, nomeadamente neste malogrado Portugal-Espanha, assunto de que não percebo nada, nem estou interessado em perceber, é preciso muita coragem e muito arrojo, para vos vir falar de Materialismo e Espiritualismo. Precavi-me no entanto, com a ingestão de uma boa dose de ameixas vermelhas, pequeninas, pouco maiores do que cerejas, deliciosas, do quintal de minha saudosa mãe, regadas com meia garrafa de Mouchão tinto. Dizem que tais frutos, com um bom tinto, produzem um belíssimo resultado em termos de equilíbrio metabolismo-catabolismo, e, por conseguinte, de homeostasia, termo que já aqui tenho utilizado várias vezes, e que significa uma total harmonia do todo do ser humano.
O indivíduo materialista, no sentido filosófico e científico do termo, é aquela pessoa que acredita no ser humano como um todo, um todo indivisível, indissociável, uma única substância como dizia Espinosa. Aquela pessoa para quem não há qualquer fronteira entre a pele e a carne, entre a carne e o sangue, entre o sangue e o cérebro, entre o cérebro e a mente, entre a mente e o pensamento, do qual decorre toda a vida dita psíquica do indivíduo.
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