Ethel Feldman
Bom, bom, b bom ddia
- Respira antes que tropeces na palavra. ..
hmfffffffffffff
Agora, inspira. Nesta pausa, reflecte. Encontra um sinónimo
- Mas e o... aquele... sabes? O, o ... gaita! Estou tão esquecida!
- Com pressa apressas a conversa. Atropelas o acto de estar.
(Inspiro. Respiro.) Antes de expirar - a pausa pedida. Por fim largo:
- Quando sugeres presente, cantas assim: pre, pre pre-sente! Será que é mesmo assim? Um milésimo antes de sentir?
- Inspira e canta-me outra …
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
É preciso redignificar a palavra
António Mão de Ferro
Assistimos cada vez mais a situações em que as pessoas parecem agir como se fossem apenas uma parte daquilo que são e o resto ficou noutro lado. Diz-se uma coisa e faz-se outra. Tudo é verdade como o seu oposto. Terá a palavra o valor de uma insignificante casca de ovo? Acabaram-se os cavalheiros?
Ainda não há muito tempo, o que tinha palavra era considerado um cavalheiro. Isso era mais importante do que ter muito dinheiro ou uma conta elevada no Banco. Fazia os negócios que queria. Palavra era palavra. Era uma espécie de pedra tocada, pedra jogada no xadrez.
Não era preciso ter carisma, poder de convicção, ou pôr entusiasmo no discurso. O que era preciso era cumprir o combinado.
Como as coisas mudaram. Os meios de comunicação puseram a nu a charlatanice, as tramas, as intrigas, dos que têm responsabilidades de dirigir. Dá-se o dito pelo não dito, sem qualquer receio do ridículo. Uns fazem-no com todos os pormenores, outro com vastas generalizações, o curioso de tudo isto é que há responsáveis que afirmam que quem é fiel à palavra, não vai longe. É impressionante esta constatação de que quem se quiser assumir por inteiro terá grandes dificuldades.
Esta situação reflecte-se no trabalho e no dia a dia e reclama normas, autoridade. No tempo dos cavalheiros as normas e a autoridade eram dispensadas, porque quando os costumes fazem quase tudo, aquelas só atrapalham.
A situação actual conduz à irracionalidade, ao erro, ao esquecimento de quem se é, de onde se vem. Quando se passará a apreciar os que se dão ao trabalho de ser decentes?
Assistimos cada vez mais a situações em que as pessoas parecem agir como se fossem apenas uma parte daquilo que são e o resto ficou noutro lado. Diz-se uma coisa e faz-se outra. Tudo é verdade como o seu oposto. Terá a palavra o valor de uma insignificante casca de ovo? Acabaram-se os cavalheiros?
Ainda não há muito tempo, o que tinha palavra era considerado um cavalheiro. Isso era mais importante do que ter muito dinheiro ou uma conta elevada no Banco. Fazia os negócios que queria. Palavra era palavra. Era uma espécie de pedra tocada, pedra jogada no xadrez.
Não era preciso ter carisma, poder de convicção, ou pôr entusiasmo no discurso. O que era preciso era cumprir o combinado.
Como as coisas mudaram. Os meios de comunicação puseram a nu a charlatanice, as tramas, as intrigas, dos que têm responsabilidades de dirigir. Dá-se o dito pelo não dito, sem qualquer receio do ridículo. Uns fazem-no com todos os pormenores, outro com vastas generalizações, o curioso de tudo isto é que há responsáveis que afirmam que quem é fiel à palavra, não vai longe. É impressionante esta constatação de que quem se quiser assumir por inteiro terá grandes dificuldades.
Esta situação reflecte-se no trabalho e no dia a dia e reclama normas, autoridade. No tempo dos cavalheiros as normas e a autoridade eram dispensadas, porque quando os costumes fazem quase tudo, aquelas só atrapalham.
A situação actual conduz à irracionalidade, ao erro, ao esquecimento de quem se é, de onde se vem. Quando se passará a apreciar os que se dão ao trabalho de ser decentes?
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