Les feuilles mortes, com música de Joseph Kosma e letra do grande poeta Jacques Prévert, foi composta em 1945. Yves Montand (com Irène Joachim) popularizou Les feuilles mortes em 1946 no filme Les Portes de la Nuit.
A versão em inglês, com letra de Johnny Mercer (1947) Autumn Leaves , tornou-se também muito popular. Há outras versões famosas, como a de Edith Piaf, a de Juliette Greco, a de Nat King Cole ou a de Andrea Bocelli.
Preferimos a de Yves Montand.
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
Serões da província
Carlos Loures
Não vos vou falar do romance de Júlio Dinis. Os serões são outros.
Há quarenta anos estava-se no auge da luta antifascista. Salazar caíra da cadeira, Caetano prometer democratizar, mas tudo continuou na mesma – guerra colonial, polícia política, censura, partido único… ditadura, para tudo dizer numa palavra. Mudou os nomes às coisas, mas tudo ficou na mesma.
Uma boa parte da população conspirava, sobretudo nas camadas mais esclarecidas da pequena-burguesia – professores, profissionais liberais, oficiais do exército (geralmente de patente não superior a capitão), pequenos empresários, estudantes… E, sobretudo nas pequenas cidades, conspirava como?
Não falando dos militantes do Partido Comunista que estavam enquadrados por elementos ligados a estruturas regionais ou sectoriais, os chamados «controleiros» e que reuniam em obediência a regras estritas de segurança, próprias do funcionamento de um partido (casas clandestinas de apoio, pseudónimos, regras estritas do funcionamento das reuniões, etc.), a chamada gente da «oposição democrática», não observava essas regras de segurança. Uma reunião tinha, por vezes, sobretudo nas pequenas cidades, o ar de um serão cultural.
A Oposição Democrática só fazia reuniões formais em período de eleições. Passados esses períodos, grupos de amigos continuavam a reunir-se, muitas vezes sem que essas reuniões tivessem outro objectivo que não fosse o de manter acesa a chama da resistência. De uma forma geral, era gente que não estava organizada em partidos, embora por vezes aparecesse um ou outro «pescador» tentando cooptar elementos. O PC fazia isso, as outras organizações mais pequenas também. Os resultados não eram muito bons.
Não vos vou falar do romance de Júlio Dinis. Os serões são outros.
Há quarenta anos estava-se no auge da luta antifascista. Salazar caíra da cadeira, Caetano prometer democratizar, mas tudo continuou na mesma – guerra colonial, polícia política, censura, partido único… ditadura, para tudo dizer numa palavra. Mudou os nomes às coisas, mas tudo ficou na mesma.
Uma boa parte da população conspirava, sobretudo nas camadas mais esclarecidas da pequena-burguesia – professores, profissionais liberais, oficiais do exército (geralmente de patente não superior a capitão), pequenos empresários, estudantes… E, sobretudo nas pequenas cidades, conspirava como?
Não falando dos militantes do Partido Comunista que estavam enquadrados por elementos ligados a estruturas regionais ou sectoriais, os chamados «controleiros» e que reuniam em obediência a regras estritas de segurança, próprias do funcionamento de um partido (casas clandestinas de apoio, pseudónimos, regras estritas do funcionamento das reuniões, etc.), a chamada gente da «oposição democrática», não observava essas regras de segurança. Uma reunião tinha, por vezes, sobretudo nas pequenas cidades, o ar de um serão cultural.
A Oposição Democrática só fazia reuniões formais em período de eleições. Passados esses períodos, grupos de amigos continuavam a reunir-se, muitas vezes sem que essas reuniões tivessem outro objectivo que não fosse o de manter acesa a chama da resistência. De uma forma geral, era gente que não estava organizada em partidos, embora por vezes aparecesse um ou outro «pescador» tentando cooptar elementos. O PC fazia isso, as outras organizações mais pequenas também. Os resultados não eram muito bons.
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