Luís Moreira
Cientistas nos Estados Unidos chegaram à conclusão de que uma infância pobre até aos cinco anos marca para sempre o ser humano, não só no seu desenvolvimento, mas tambem a nível neurobiológico e na saúde para o resto da vida.
“Descobrimos que as crianças que crescem em ambientes desfavoráveis reagem de forma desproporcionada ao stress, e conseguimos medir isso através de avaliações hormonais e neurológicas, utilizando scanners cerebrais, e mais recentemente com análises genéticas”.
Estes estudos vêm comprovar o que o senso comum já observava, principalmente em pequenos agregados urbanos em que todos se conheciam, quem tinha boas condições de vida singrava quem vivia na pobreza mostrava-o na escola e nas relações com os outros miúdos da mesma idade. E na idade adulta quem é conhecido e venceu são os filhos de quem já naquela altura eram os senhores da cidade.
O ascensor social é muito pouco eficaz, mas grande parte da derrota vem, sabemos agora, do facto da pobreza e dos maus tratos marcarem para sempre a saúde das pessoas e permanecem para toda a vida. Isto mostra que o apoio social não é um custo, é um investimento, porque recupera pessoas para a vida profissional activa e, dessa forma, gasta menos do que ter pessoas que são um fardo social.
Erradicar a pobreza não é só um imperativo civilizacional é tambem um objectivo fundamental para termos pessoas mais capazes de contribuirem para o bem estar de todos!
domingo, 30 de maio de 2010
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