A introdução do mérito como avaliação gera desigualdades.Se as pessoas e as instituições não forem avaliadas segundo o mérito,vão ser todas mediocres (ou excelentes ) gerando o “igualitarismo”!
No primeiro caso,as pessoas querem fazer melhor,produzir mais,serem melhores por forma a serem apreciadas.No segundo caso,as pessoas não têm interesse em melhorar por saberem que esse esforço não é apreciado pelos seus pares e/ou sociedade.
É por isso que haver desigualdades é uma coisa boa!
O Estado desenvolveu uma área social, com o intuito de aplanar as desigualdades ,mas fê-lo da pior maneira.Criando a partir do aparelho de Estado e da Administração Pública,uma elite que se revela egoísta,irresponsável,avessa á inovação e que se constitui como o maior entrave á criação de novas oportunidades,com evidente prejuízo de quem é menos “dotado”.
Para aplanar as desigualdades o Estado deveria criar condições para que todos os seus cidadãos,com as suas qualidades e os seus defeitos,pudessem contribuir da melhor forma, para o bem de todos.
A verdadeira questão é a desigualdade de oportunidades, em que o Estado é o principal responsável.O nosso país é disso paradigma.Temos uma Administração Pública e uma economia tutelada,com empresas públicas, semi-públicas e “apadrinhadas”que usufruem de condições
que as empresas privadas não conseguem acompanhar.Por razões de mérito?Antes fosse,mas não é. A maioria são empresas e serviços que nunca foram avaliadas.Actuam no mercado em posição dominante,se não mesmo como monopólios !
Este Estado alargado é hoje uma das principais barreiras sociais.É aqui que encontramos as elites,os filhos das élites,os netos das élites...
Enquanto não conseguirmos romper este círculo vicioso o nosso país não sairá da cauda da UE!
Então que fazer? Tal como propomos no nosso manifesto introduzir o MÉRITO como forma de avaliar a nossa contribuição para o bem comum!
Em que condições o devemos fazer para que as desigualdades geradas sejam o “humus” da competitividade, da concorrência e da criação de riqueza?
Para que as desigualdades sejam uma coisa boa,devemos prosseguir as seguintes condições :
Que a sociedade enriqueça no seu todo (acreditamos que a melhor forma de o fazer é apoiando a iniciativa privada e a economia de mercado )
Que exista uma rede de segurança social que apoie os mais pobres (acreditamos num sistema assente em dois pilares- o distribuitivo e o da poupança individual)
Que exista a oportunidade de qualquer pessoa crescer dentro do sistema (acreditamos numa educação independente do “igualitarismo” do Ministério da Educação,numa Justiça livre de corporativismos e acessível a todos, independentemente da capacidade financeira de cada um e acreditamos no abrandamento das barreiras socias)
Existindo estas três condições a desigualdade nada tem de errado,sendo potenciadora do mérito!
Ora, no caso do nosso país, o que se verifica é que sendo governada há trinta anos por um partido socialista e por outro que se intitula social-democrata (ambos com preocupações sociais) nenhuma daquelas condições foi alcançada!
Bem pelo contrário, a distância entre os mais pobres e os mais ricos é cada vez maior ,as oportunidades escasseiam á medida em que há cada vez mais gente no desemprego e a rede de segurança social vai deixando cair os mais débeis (os jovens e os idosos.)
O MMS quer tornar esta sociedade tutelada numa sociedade mais livre,mais justa e mais rica.
A chave do êxito está na introdução de políticas que potenciem a contribuição do que há de melhor em todos nós,para o bem comum!
Essa contribuição deve ser medida e avaliada segundo o MÉRITO!
Eis a ciclópica tarefa a que o MMS meteu ombros!
Em boa hora! Todos somos poucos!
PS: contribuição do autor para o congresso do MMS
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