sábado, 19 de junho de 2010

A moeda global de reserva

Luís Moreira


O dóllar americano tem funcionado como moeda de reserva as compras e vendas internacionais e as transferências entre países fazem-se em dóllares americanos e as poupanças soberanas tambem.E o petrodóllar, já agora, emitido propositadamente para pagar as transferências do crude.

Esta é uma vantagem extraordinária, afinal quem tem a máquina para imprimir dóllares são os US, por isso não há perigo de não pagar,nunca faltam, é só dar à manivela.O problema é que a manivela roda não por razões internacionais mas por razões caseiras, e a moeda de reserva é muito mais caseira do que devia.

A China está sentada em cima de grande parte da dívida americana,se o dóllar cresce não exporta se desce, vai-se-lhe parte da dívida. E a maioria dos países tem este problema que só é favorável aos US, daí que se procure encontrar consensos para a criação de uma moeda de reserva que possa ser controlada por um "cabaz de moedas" e, assim, fugir à hegemonia cambial dos americanos.

Claro que os US nem querem ouvir falar em tal coisa, pois pedem todos os anos um bilião de dóllares emprestados e enquanto houver quem compre os seus títulos de dívida pública, não largam mão da pechincha. O Euro nunca foi bem visto pelos americanos porque sempre recearam que lhes fizesse frente o que veio a acontecer, mas a crise recente provou que o Euro não é suficientemente estável e credível, e depende de uma tomada de decisão política que não convence,e é longa.

A crise que nasceu nos US e esfrangalhou a UE veio trazer muitas lições, uma delas é que a UE exige maior integração política, maior regulação dos mercados e um controle permanente e apertado nos bancos , a par com uma nova moeda de reserva global.

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