quinta-feira, 8 de julho de 2010
Escolas públicas - tudo muda
Luís Moreira
As escolas públicas apesar da resistência de quem se sente confortável com as evidentes deficiências, começa a mudar. Tudo muda, só a mudança é que não muda!
A oferta de actividades de férias antes exclusivas dos colégios privados, já aí estão, muito por iniciativa das associações de pais e em parceria com o estabelecimento de ensino e com a autarquia.
Ocupar três meses de férias é uma preocupação acrescida dos pais a maioria dos quais são famílias desenraízadas.A escola pública está organizada de uma forma que não se coaduna com a vida das famílias que não têm três meses de férias. Há, em paralelo, uma preocupação de preencher o tempo com actividades pedagógicas, por forma a preparar as crianças para o futuro ciclo escolar.
É cada vez mais comum a parceria entre associações de pais,escolas e autarquias, e é uma esperança que dentro de alguns anos todo o país esteja coberto por estas actividades!
Sem uma maior autonomia, a escola pública, presa à burocracia do ministério e aos interesses de classe dos professores, não evoluirá, não é possível querer que uma escola de Freixo de Espada à Cinta seja igual, ou tenha os mesmos problemas de uma escola do centro do Porto, as medidas e as políticas a seguir não podem ser iguais.
Há, pois, que descentralizar, autonomizar, devolver a escola aos professores, pais, alunos e autarquias, erguer escolas de acordo com o ambiente social em que se inserem, e retirá-las de vez das lutas fraticidas de que se alimentam sindicatos e ministério.
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