quarta-feira, 14 de julho de 2010

Inventamos a língua

Ethel Feldman


Nossas palavras já não se entendem
quando te digo
Boa Noite
Respondes
Boa Noite
E
Viras o rosto para o lado oposto

ENTÃO
meu corpo cala
perdido
Nossas palavras
doentes
perdem
o rumo


Desnorteados
SONHAMOS
um dialecto
em cada silêncio trocado
um passo
em cada compasso
a cor da despedida
em cada porto visitado

A minha
na tua
a cada jura de Amor

1 comentário:

  1. Em tempos comentei sobre as razões de os Editores, não terem possibilidades financeiras ou, por opção, não quererem assumir riscos de publicarem tudo o que recebem de escritores e, em particular, de poesia.

    Depois de ler mais este teu poema, só posso dizer-te que se fosse Editor, arriscava.

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