domingo, 18 de julho de 2010

Mais um aspecto da generosidade da Democracia, ou azar meu!

Carlos Leça da Veiga

Envio o texto duma carta dirigida à Senhora Directora do “Destak” que, até agora – e já vai tempo bastante – não teve o favor dum bom acolhimento. Não mereceria?

Naturalmente que os jornais não podem estar abertos a todas as fantasia que se lhes dirijam razão pela qual o título dado a esta croniqueta – para ser-se justo – talvez só merecesse designar-se “azar meu”.

Não posso excluir que tenha produzido obra sem a elevação que é devida à altura dos primores literários do “Destak”. Será que enviei matéria de tão má qualidade? Será que pequei por não venerar a herança dos reis católicos? Terei ferido a susceptibilidade da Senhora Embaixadora?

Mesmo sem expressá-lo – mas será fácil deduzir-se – terei caído no erro de induzir que a chamada verdade desportiva – tantas vezes chamada à pedra – tem mais verdade para uns do que para outros. Só por laracha é que David bate Golias!

O “Estrolabio” é outra loiça – faiança da melhor – e, ao que parece – por mim posso afirmá-lo – abre as portas da sua generosidade democrática sem cuidar “da sorte ou do azar” dos seus correspondentes.

Lisboa, 18 de Julho de 2010



Exmª. Senhora


Directora do”Destak”


Lisboa, 2 de Julho de 2010


“Desenterrar a cabeça da areia” foi a sábia recomendação com que a Senhora Embaixadora Drª Ana Gomes intitulou um texto jornalístico dado à estampa no “Destak”, do dia 2 de Julho deste 2010.


Por igual, são palavras de Sua Exª,”este é o momento para que levantemos a cabeça” pela razão que “Estas são as coisas verdadeiramente importantes” sendo que estas – no conceito esclarecido duma Senhora Embaixadora – “são os assuntos prementes que pintam a crise económica”.


Sê-lo-ão? Não haverá outros com maior premência? Não estou a pensar nos interesses da banca mas sim daqueles dos mais anónimos, afinal os produtores das mais valias que forram a bolsa alheia, a bancária inclusive. A premência é política e não económica, isso caso queira que as coisas melhorem.


O texto da Senhora Embaixadora surge em estreita ligação com um acontecimento «futebolístico» entendido com lamentável para este nosso Portugal. Perdeu-se um jogo com o estado espanhol, estado a que a Articulista, como mandam as regras, chama Espanha.


Portugal perderia se jogasse contra a Catalunha, contra a Andaluzia, contra a Galiza, contra o País Basco ou contra o reino de Castela? Será democrático amalgamar tantas Nacionalidades para fingir ter-se um certo potencial desportivo?


A Inglaterra, mau grado os seus maus antecedentes e piores consequentes face às Nacionalidades que obriga a integrarem o chamado Reino Unido, em matéria de futebol – talvez a contragosto – não aparece reforçada por galeses, irlandeses e escoceses.


A tal ficção castelhana que dá pela designação de Espanha, uma obra bafienta do hipotético direito dinástico, deveria, ou não, aparecer nas competições internacionais – não estou a pedir tudo quanto é devido – não como um todo mas sim com representações desportivas de quantas partes (Nacionalidades) a compõem. Provavelmente nunca ganharia o que quer que fosse.


O tema permitiria ir muito mais longe mas para responder ao final desagradável dum jogo de futebol “politicamente incorrecto” bastará ficar-se por aqui.


Com os meus melhores cumprimentos,


Carlos Leça da Veiga

2 comentários:

  1. Todos aproveitaram para chamar Espanha a uma equipa com 7 jogadores catalães...

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  2. Yo soy español, español, espanhol......

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