terça-feira, 3 de agosto de 2010

Em Gaza - templo de consumo

Luís Moreira

Não é para todos, mas em Gaza, há de tudo, como se pode ver nesta loja .

Lá como cá a injustiça é enorme, o que nos chega são imagens horríveis, mas são imagens dos que sofrem, porque há uma parte de priveligiados que estão a salvo da fome e da violência. Chama-se a isto, em tempo de guerra, "contra-informação", colocar as pessoas e a opinião pública do nosso lado.

Naquela, como em todas as guerras, os mais fracos e os mais humildes ainda sofrem mais do que habitualmente,a única forma de ajudar é pugnar pela PAZ! Estas prateleiras a abarrotar de alimentos são bem a imagem da mentira dos que usam a dor alheia para venderem a sua ideologia e que lhes permite manter os lugares confortáveis de quem manda.



Não há justos e pecadores!Há os que sofrem de ambos os lados!

3 comentários:

  1. O problema é sempre o mesmo. A brancura do dinheiro, o gosto pelo poder, a indiferença perante o sofrimento do outro... tudo isto me leva a dizer que... a PAZ não interessa, a PAZ só atrapalha a riqueza fácil

    ResponderEliminar
  2. Na notícia que acompanha a fotografia do centro comercial refere-se, logo no cabeçalho, que este é abastecido "a duras penas" pelo contrabando dos tuneis de Rafah. O êxito da iniciativa (o primeiro centro comercial em Gaza)e a informação do director de que os preços são mais baixos do que nas outras lojas dizem-nos sobretudo que os palestianos, tal como nós, procuram viver o melhor que possível. Parece-me que o nosso Luís vai longe demais ao afirmar que "Estas prateleiras a abarrotar de alimentos são bem a imagem da mentira dos que usam a dor alheia para venderem a sua ideologia e que lhes permite manter os lugares confortáveis de quem manda." Demonstra sim que os habitantes de Gaza têm muita coragem e iniciativa, e que o Hamas, com todos os seus defeitos, não obriga toda a gente a andar sempre a carpir-se e a fazer propaganda. As imagens das vítimas dos ataques israelitas são muito numerosas, por que essas vítimas também muito numerosas, antes de mais nada. Por vezes as propagandas usam-nas mal. Mas são uma prova do que se passa. É de ter presente sim a frase, que vem ao fim, do mesmo director do centro comercial: "Há que aproveitar até ao próximo bombardeamento, e rezar para que Israel o deixe em paz". Deixa-me dizer-te isto Luís: Até na Alemanha nazi havia justos, com certeza que em Israel há muitos. Mas os israelitas, hoje, na Palestina, são os opressores, os palestinianos os oprimidos. Pôr a débil resistência que opõem ao mesmo nível da força colossal dos israelitas, não querer perceber que o que estes pretendem é expulsar os palestinianos da sua terra, é abrir caminho para se justificar o injustificável. Perdoa, meu amigo, a minha veemência. Mas sabes que o que digo é verdade. E sinceramente, o que este centro comercial Gaza Mall simboliza, é a coragem de viver dos palestinianos. Bem merecem uma vida melhor. E um pedido de perdão dos israelitas e de toda a comunidade internacional, que assiste a este espectáculo horrível de braços cruzados.

    ResponderEliminar
  3. João, não tens que pedir perdão, aqui o que me indignou foi comprovar o que já sabemos.Como em todos os lados há uns mais iguais que outros.Quanto ao conflito, sabes bem que a minha proposta é a PAZ!

    ResponderEliminar