sexta-feira, 27 de agosto de 2010
República nos livros de ontem nos livros de hoje - 123 e 124 (José Brandão)
Nova História – 1ª República Portuguesa
A. H. de Oliveira Marques
Editorial Estampa, 1984.
A instituição militar não existia como organização unificada no Estado imperial português quando a monarquia foi derrubada em 1910, e convém desde já arredar uma das muitas ideias feitas com curso legal assegurado, a saber, a opinião de que os militares tiveram uma continuada intervenção na sociedade portuguesa durante todo o século XIX.
Nada de mais falso no que respeita à segunda parte desse século em Portugal. Com efeito, após as últimas veleidades do Marechal Saldanha e com o advento de Fontes Pereira de Melo, a instituição militar desaparece dos centros de decisão políticos para se tornar um instrumento relativamente dócil e sempre subordinado ao monarca, fosse ele D. Luís, D. Carlos ou D. Manuel II.
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A Obra da República
Carlos Ferrão
Editorial O Século, 1966
O título «A Obra da Republica» é demasiado ambicioso para o conteúdo deste livro. Embora abranja apenas parte dele pareceu-nos o mais ajustado à sua intenção. Por aquela expressão deve entender-se a acção dos que, em seguida à proclamação do regime republicano, assumiram o encargo de dirigir a Nação e reparar os estragos legados pela monarquia e pelos que a serviram em cargos de direcção e responsabilidade, na política e na administração. Os republicanos do nosso tempo, depositários do pensamento que presidiu à propaganda do ideal democrático, sobretudo desde que teve ao seu serviço, como força política organizada, o Partido Republicano, por ignorância, algumas vezes, por má fé, na maioria dos casos, separaram, mutilando-a, a obra realizada antes e depois de 1910 pelos que serviram o interesse nacional sob a bandeira da República.
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