Paixão e
Morte de Sidónio
Visconde do Porto da Cruz
Funchal, 1928
O Outono descia rápido, anunciando que se avizinhava um inverno rigoroso…
Sintra estava adorável e eu gozava aquelas ferias inesperadas, após tantos meses agitados com boatos e prevenções…
Quando reabririam as aulas na Escola de Guerra? Que importava? Abrissem quando abrissem era sempre a tempo. E no entanto ia-se gozando aqueles dias de doce tranquilidade. Mas de súbito o boato de novas tentativas do Partido Democrático vem quebrar aquele paradisíaco sossego…
De facto não tardou que rebentasse uma forte agitação revolucionaria no Barreiro, que o Porto, Coimbra e Lisboa tentaram secundar… Procurei os Camaradas que tinham, como eu, ido para Sintra e concertámos na forma de mais rápida e eficazmente chegar a Lisboa…
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Para a História da Maçonaria em Portugal
1913-1935
António Carlos Carvalho
Vega, 1976
Várias razões nos levaram a escrever este livro: um interesse muito grande, desde sempre, por estes assuntos: a noção de que está tudo, ou quase tudo, por dizer e esclarecer; a consciência de que a Maçonaria só tem sido apresentada parcialmente aos profanos; a verificação de que era importante continuar a obra de Borges Grainha, «História da Franco Maçonaria em Portugal» que se detém no ano de 1922, e incidir no período 1913 1935, ou seja, até à proibição das actividades das sociedades secretas, decretada pelo Governo de Salazar.
De 1935 até Abril de 1974, pouco se sabe acerca da acção da Maçonaria, a não ser que a Ordem nunca deixou de existir, apesar da forte repressão policial. Esse facto foi, aliás, confirmado recentemente pela própria Maçonaria, ao reclamar publicamente a propriedade do prédio da Travessa do Guarda-mor, em Lisboa, onde existia o Grémio Lusitano.
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terça-feira, 31 de agosto de 2010
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