Luís Moreira
O Manuel Maria Carrilho cometeu três pecados, três, o que é imperdoável para um PS amante da liberdade. Escreveu um livro, deu uma entrevista e recusou-se a votar num medíocre Egípcio lá na Unesco!
Quem o manda pensar, ter opinião, ter ideias? Não estava bem lá no lugarzinho dourado, em Paris, cidade eterna, museus para ver? Não pode é esperar ser nomeado para um lugar daqueles e não dar cavaco a ninguém, isso assim é ser mal agradecido. Será que já está posicionar-se para o que aí vem, chegou à conclusão que a situação já mudou ou está a mudar e é preciso dar mostras de independência? Ele é perito no assunto, com Guterres foi assim, adivinhou o lamaçal e começou a despegar-se a tempo e horas de apanhar o senhor que se seguiu.
Liberalizar os CTT
E quem é que vai levar uma carta à freguesia para lá de Mirandela ou de Serpa? Os CTT vão passar a ser uma unidade para ganhar dinheiro, logo, corta-se nas actividades que só dão prejuízos, levar uma só carta ou meia dúzia a um lugar distante só dá prejuízo, faz-se como? o estado nesses casos subsídia? Lá se vai mais um apoio à população, recebia o correio, pagava as pensões, ajudava nos telefones às pessoas mais velhas ...
Mobilidade
É desta que vamos ter carros a electricidade, as pessoas estão mais sensíveis ao ambiente,acredita-se que o petróleo entrou na fase descendente da sua vida económica,os governos apostam numa rede nacional de postos de abastecimento de electicidade, carros já há, mas as baterias ainda não estão afinadas, são pesadas e a tecnologia ainda não permite grande autonomia. Mas ver os 200 000 carros que hoje entram em Lisboa só com uma pessoa lá dentro quando cabem cinco, serem reduzidos a metade em tamanho e com muito menos poluição é um sonho que me agrada.
O novo cluster para a mobilidade congrega 50 a 60 entidades, dos centros de investigação às universidades, empresas industriais. Tudo pode começar com as frotas das autarquias e do estado, bem como as empresas de transporte urbano.
"Car sharing" , as famílias com um carro a combustão na garagem para as grandes viagens fora das cidades e o carro electrico para andar na cidade , uma frota urbana para alugar, pega no carro e vai entregá-lo no fim da viagem, com cartão electrónico é fácil e é seguro, como se faz com as bicicletas.
A outra metade da gente que se desloca para as cidades já não precisa de sair de casa para fazer o trabalho, o teletrabalho responde bem às necessidades da maioria das profissões que são intelectuais, não precisam de contacto pessoal, o arquivo pode estar à distancia de uma tecla e, basta marcar os compromissos que obrigam mesmo a deslocação para um mesmo dia.
Um dia vai ser assim, uma vida melhor, mais tempo para a família e para os amigos, menos custos, menos poluição, viver num quintal cheio de rosas...
sábado, 25 de setembro de 2010
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Luís, este é um pequeno excerto dum texto que escrevi quando uma "notícia" no SAPO me conduziu a um blogue do Pedro Rolo Duarte e ao seu artigo "O nosso político APAV":
ResponderEliminar"Manuel Maria Carrilho (MMC) tem defeitos, como todos nós, e talvez o mais visível seja uma certa dose de vaidade e prazer na exposição pública, de resto muito comum em... profissionais dos média, pelo que não lhes é de convívio raro.
Mas compará-lo com o Jardim da Madeira, como personagem de uma "nossa" putativa "comédia diária", é uma tolice.
Porque Jardim é um "vivaço" (se lhe chamo outra coisa, mais precisa, ainda me arrisco a ser processado...). Carrilho é, mesmo, um intelectual, com obra feita e publicada.
Ocorre-me (a despropósito!) um ditado brasileiro que fala em não confundir merda com ervilha-de-cheiro...
...
Paulo Rato"
Caso concrecto e actual. O tal egípcio que referes não é só medíocre. Trata-se de Farouk Hosny, ministro da Cultura do Egipto há mais de vinte anos, que afirmou que queimaria, pessoalmente, todos os livros israelitas que encontrasse numa biblioteca egípcia, que é conhecido como rígido censor de livros, filmes, órgãos de comunicação e também pelo apoio a atentados aos direitos das mulheres (tudo em nome do islamismo extremista). MMC recusou votar nele para Director-Geral da UNESCO.
Neste caso, de que lado está a ética e a coerência e de que lado o oportunismo político?
Por muito que custe aos habituais invejosos, MMC não precisa de "lugares" nem de "favores", porque tem sempre o "seu" lugar, como professor, na Universidade e, como intelectual internacionalmente conhecido, também na Cultura. Não o confundas com os medíocres e oportunistas a sério que por aí abundam e, sobretudo, não queiras alinhar com eles, gostes ou não do senhor...
Paulo Rato
O Manuel Maria Carrilho tem méritos, óbvios, é tambem um grande vaidoso e mais não digo .Mas já vi que tu não o conheces enquanto pessoa.
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