O Segundo Governo de Afonso Costa
(1915-1916)
A. H. de Oliveira Marques
Publicações Europa-América, 1974
Depois do movimento revolucionário de 14 de Maio de 1915 e do Governo de concentração que se lhe seguiu, era lógico e constitucional que o Partido Democrático tornasse conta do Poder. Vitorioso como saíra das eleições de Junho desse ano, onde conquistara maioria absoluta em ambas as Câmaras do Congresso, tendo feito eleger presidente da República o seu candidato preferido, Bernardino Machado, dispunha dos trunfos essenciais para impor a sua soberania indiscutível e assegurar estabilidade à Nação. Afonso Costa era o seu dirigente máximo. E só a queda grave que deu de um eléctrico, em começos de Julho, e o pôs às portas da morte, impediu a transmissão rápida do Poder àquele chefe democrático e à sua equipa ministerial. José de Castro, presidente do Ministério malgré lui desde Maio, foi forçado a governar durante todo o Verão e parte do Outono, até Afonso Costa se considerar completamente restabelecido
Servidor de Reis e de Presidentes
Vital Fontes
Lisboa, 1945
Quem melhor conhece os grandes homens é aquele que os serviu na intimidade, que os viu tal como andam por casa, em pantufas, por assim dizer. E Vital Fontes viveu assim na corte real e nos palácios da República, e conheceu assim os últimos reis e os presidentes, e os seus familiares, e os seus ministros.
Acedeu, mas pôs uma condição: de que não agravaríamos aqueles de quem nos falasse, e de que tudo contaríamos tal qual ele os serviu: respeitosamente.
Aceitámos, porque assim deve ser para que as suas memórias tenham o cunho da sua personalidade, simples como a sua vida simples, há 50 anos, numa casinha da qual não pagava renda no tempo da Monarquia, para estar perto do Palácio da Ajuda, com uma nesga de horta que ele próprio cultiva. Já reformado, mas ainda direito e aprumado, ali vive entre retratos que os seus senhores lhe ofereceram …
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010
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