quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Série de conferências sobre a ocupação israelita e a Palestina por Norman Finkelstein

Da Associação 25 de Abri recebemos esta informação:

Vimos por este meio comunicar que terá lugar em Portugal uma série de conferências pelo Professor Norman Finkelstein, activista e estudioso internacionalmente conhecido do conflito israelo-palestiniano. Em anexo encontra-se um cartaz anunciando a conferência de Lisboa que pode ser amplamente divulgado.

O programa de conferências:

Em Lisboa, dia 29 de Setembro às 18h30 no Auditório da Escola Secundário Luís de Camões: uma conferência com o título “The repercussions of Israel’s Cast Lead Operation for the future of its occupation of the Palestinian territories".

No Porto, dia 30 de Setembro às 18h00 na Cooperativa Árvore: uma conferência com o título “The repercussions of Israel’s Cast Lead Operation for the future of its occupation of the Palestinian territories".

No Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, dia 1 de Outubro às 11h00: uma conferência com o título “Myths and Realities of the Israel-Palestinian conflict”.

Os promotores do conjunto de conferências são a Comissão Nacional de Apoio ao Tribunal Russell para a Palestina, o Centro de Estudos Sociais, o Grupo de Acção Palestina, o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, o Sindicato dos Professores do Norte e a Fundação Mário Soares e a Cooperativa Árvore.




Uma nota biográfica sobre Norman Finkelstein:

Internacionalmente conhecido, Norman Finkelsten é um estudioso de temas que dizem respeito ao Sionismo, a Palestina e a ocupação israelita dos territórios palestinianos. É autor de vários artigos e livros com muito interesse nesse campo e é conferencista activo a favor dos direitos políticos e humanos do povo palestiniano e contra a ocupação israelita. Judeu americano, filho de sobreviventes do Holocausto, Finkelstein aplica um humanismo universalista radical e consistente à sua crítica da ocupação israelita. A sua crítica implacável da ocupação e dos seus apologistas tem-lhe custado muito, tendo a recusa da DePaul University em conceder-lhe tenure sido o resultado de intervenções sem precedentes e pressões notórias de lobbyistas sionistas (nomeadamente Alan Dershowitz). A vida e o trabalho do Finkelstein foram objecto de um documentário recente com o título “American Radical”.



O seu livro mais recente, This Time We Went Too Far: Truth and Consequences of the Gaza Invasion (OR Books, New York, 2010 - http://www.orbooks.com/our-books/thistime/) é uma análise crítica do massacre perpetrado por Israel em Gaza de Dezembro 2008-Janeiro 2009 com a Operação Chumbo Fundido. O seu livro The Holocaust Industry (A Indústria do Holocausto, traduzido para o português no Brasil pela editora Record, 2001) analisa criticamente as várias formas de aproveitamento oportunista da realidade do Holocausto pelo Estado de Israel e os seus apologistas para encobrir os crimes cometidos pela ocupação aos palestinianos.

Para mais, podem ver o seu website em
http://www.normanfinkelstein.com/

Bibliografia seleccionada:

* Image and Reality of the Israel-Palestine Conflict, Verso, 1995, 2001, 2003.
* The Rise and Fall of Palestine: A Personal Account of the Intifada Years. Minneapolis: U of Minnesota P, 1996.
* “Whither the `peace process'?”, New Left Review, 218, July-August (1996).
* A Nation on Trial: The Goldhagen Thesis and Historical Truth (com Ruth Bettina Birn) Henry Holt and Co., 1998.
* The Holocaust Industry: Reflections on the Exploitation of Jewish Suffering, Verso, 2000; 2001; 2003.
* Beyond Chutzpah: On the Misuse of Anti-Semitism and the Abuse of History. U of California P, 2005.
* “Disinformation and the Palestine Question: The Not-So-Strange Case of Joan Peter's From Time Immemorial” in Blaming the Victims: Spurious Scholarship and the Palestinian Question. Ed. Edward W. Said e Christopher Hitchens. Verso Press, 1988.
* This Time We Went Too Far: Truth and Consequences of the Gaza Invasion, OR Books, New York, 2010.

Secretaria [a25a.sec@25abril.org]


10 comentários:

  1. Ainda bem que isto aparece. É um dos conflitos da política internacional que mais me revoltam. Mas, sinceramente,tenho pouca esperança que algum dia se resolva, na íntegra, como devia: com a entrega dos territórios usurpados aos palestinianos desde 1948.

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  2. Ainda bem que isto aparece, Augusta. É um dos conflitos que mais revoltam um ser humano. Não quero despertar mais polémica do que aquela que já tive, nomeadamente com o Luis, mas não consigo conter a náusea que me causa tão grande ignomínia.

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  3. Temos que abrir caminhos para uma solução pacífica.Nisso acho que estamos todos de acordo, não há outra saída.

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  4. Quero lá saber, Adão! Eu vou entrar em polémica seja com quem fôr sobre esta grande ignimínia, exactamente como dizes. Não há paninhos quentes para isto. Eu encontrei fotografias da expulsão de 1948 (o próprio Amos Oz na sua autobiografia se insurge contra o que aconteceu na Naqba - o arranque de milhares de palestinianos à sua terra). Há um livro muito bonito, editado pela Campo das Letras, "Memórias de uma Aldeia Palestiniana Desaparecida" escrito numa prosa poética muito bonita que toda a gente devia ler.

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  5. Luís, onde é que tem havido caminhos pacíficos da parte duma potência militar como Israel contra um povo que não tem exército, não pode usar o seu aeroporto, o seu porto, NÃO TEM DIREITO A NADA?!É capaz de destruir tudo o que apanha pelo caminho e faz um escarcéu quando lhe cai uma bombinha no quintal. Se a UE também não fosse uma coutada de governantes incapazes, talvez não tivessemos que estar só à espera que os EUA metessem Israel na ordem. Cortassem-lhes as trocas comerciais e eles sentir-se-iam um pouco na situação que criam aos palestinianos.

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  6. Augusta, completamente de acordo, o problema é que Israel nasceu a régua e esquadra como todo o centro da Europa, a áfrica, a América central e do sul. Em todos estes países houve guerras e de uma maneira ou outra alcançaram a paz, é isto que eu pretendo, um território, dois estados, uma capital partilhada. A lei do mais forte sempre foi assim. Em situação de guerra são os mais fortes que ganham.Infelizmente, por aquilo que tenho lido, logo que os US retirem do Iraque o Irão vai ser atacado, e vão destruir-lhes as fábricas de urânio. Acho bem que te indignes mas é a lei do mais forte.E contra isto só a paz!

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  7. Bem dito, Augusta!
    Luis, antes de atacarem o irão,IRÃO pensar duas vezes, não tenho dúvidas. Calcanhares a bater no cu no Vietnam, calcanhares a bater no cu no Iraque, calcanhares a bater no cu no Afeganistão. Começa a faltar cu para tanto calcanhar.

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  8. Mas olha que eu não desejo, mas o que leio na imprensa americana e na TV...e hoje o discurso do Presidente do Irão, nada de bom vem aí. Ou talves seja uma pressão por causa das negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos.Talvez! Houve uma entrevista na CNN? em que apareceu lá um gajo a dizer que o ataque é quase certo por parte da aviação israelita.

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  9. Hoje batemos todos os recordes, estamos a subir todos os dias. 330 visitas (uma parte muito grande de estrangeiros) e 1245 páginas lidas! Temos 4 meses de vida. Um "must"!!!Parabéns a todos!

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