sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (14), por José Brandão

Dicionário do Movimento Socialista Português


Joaquim Palminha da Silva

Lisboa, 1989

Este Pequeno Dicionário do Movimento Socialista Português constitui um trabalho praticamente pioneiro que, esperamos, será um dia desenvolvido, burilado aqui e ali, aumentado por uma equipa que queira meter ombros à tarefa de recolha exaustiva para a edição, o mais completa possível, que o movimento operário e socialista português merece.

Foi nossa intenção procurar em inúmeras fontes, sem contar as obras até hoje publicadas sobre o movimento operário e socialista, o máximo de elementos que pudessem servir para arquitectar a biografia de militantes socialistas ou. apenas de companheiros de jornada que ao socialismo emprestaram o seu talento, deram as suas simpatias; bem como das organizações políticas e associações socio-económicas fundadas por militantes e permanecendo durante muito tempo na área de influência socialista.

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Do Movimento Libertário


Carlos da Fonseca

Antígona, 1988

Uma lenda, tão velha como obstinada, teima em ver no anarquismo uma ideologia inerente ao mundo agrícola ou, na melhor das hipóteses, implantada entre as camadas «retardatárias», ou mesmo «bárbaras», do proletariado. Isto por oposição ao(s) marxismo(s), cujo espaço social e geográfico seria essencialmente composto pelas zonas industrializadas onde a classe operária teria atingido um alto nível de educação e de disciplina. E é assim que se vê, na personagem «duvidosa» do libertário, a obscura reminiscência dos messianismos primitivos, cujos procedimentos mais se assemelham às revoltas espontâneas dos rurais, à pirataria ou ao banditismo romântico do que à acção metódica e consciente do proletariado revolucionário.

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Do Sebastianismo ao Socialismo


Joel Serrão

Livros Horizonte, 1983

“Conceda-se que lográmos reunir em fruste esboço da história de um mito os dados fundamentais do problema cuja compreensão histórica temos em mira. Ora, qualquer que seja o nível da investigação a que se proceda, para compreender, em história, torna-se necessário equacionar os dados cerzidos, ou seja, é preciso integrá-los na trama tão complexa e esquiva duma sociedade em devir a ritmos próprios. E perscrutar aí, nessa poalha de morte que é o tempo volvido, as agruras e os sonhos, a ascensão e a queda dos que nos precederam, dos que continuamos, desses que são e não são nossos antepassados.

Com efeito, atemo-nos à suposição de que o sebastianismo só se nos tornará mais transparente na medida em que o integremos no seu contexto histórico geral”


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