sábado, 23 de outubro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (15), por José Brandão

Eça de Queirós Jornalista


Elza Mine

Livros Horizonte, 1986




UMA EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA


Este texto, como muitos, tem uma longa história. Resultado de uma pesquisa que iniciei na Inglaterra em 1965/1966, apresentei-o inicialmente em Março de 1970 como tese de Doutoramento na Universidade de São Paulo.

Além de escritor de ficção, Eça de Queirós foi também um grande jornalista, tendo desenvolvido esta actividade em dois campos distintos: os folhetins que escreveu para os jornais, muitos dos quais foram depois transformados em livros de ficção, e os artigos jornalísticos propriamente ditos, que vão da análise de costumes a colunas de opinião, da reportagem de guerra a escritos satíricos, de recensões críticas de livros a obituários de estadistas.
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Elementos de História Económica Portuguesa


Carlos Alberto S. Nogueira

Amadora, 1994

A escassez de textos básicos levou-nos à elaboração deste trabalho, fruto da reflexão levada a cabo ao longo de 1992, em que procuramos fornecer aos estudantes das cadeiras – que, aliás, no-lo solicitaram com insistência – de História Económica Portuguesa e/ou História Económica e Social, um auxiliar de estudo que, de algum modo, complete o registo oral do processo ensino-aprendizagem.

As “leituras” que englobamos visam facultar – nomeadamente aos estudantes-trabalhadores – o acesso, nem sempre fácil, a determinadas obras.

Há temas cujo estudo ainda está por aprofundar, como sejam: alimentação, ciência e evolução tecnológica, comércio retalhista, história das empresas. Industrialização, salários, transportes, trabalho, etc., os quais poderão e deverão ser investigados embora sejam de conhecimento geral a falta de condições de trabalho e de estruturas adequadas.

O Autor
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Elementos Para História Movimento Operário em Portugal

1º Volume 1820-1929

Ramiro da Costa


Assírio & Alvim, 1979


Fazer a história do movimento operário em Portugal não é uma tarefa fácil. E sobretudo depois de 48 anos de fascismo, que com uma meticulosa acção o procurou apagar da face da história portuguesa. Sem o conseguir. Mas destruindo documentos, informações, impedindo os estudos. Remetendo-o à clandestinidade, como forma de garantir a acumulação da burguesia.

Mas não foi apenas o fascismo que objectivamente procurou impedir o conhecimento da história do movimento operário. Também os historiadores da burguesia liberal, apesar da sua oposição ao fascismo, escamoteiam cuidadosamente a existência do movimento operário. Ou reduzindo-o à acção de intelectuais, que mais ou menos a ele estiveram ligados, ou apagando-o mesmo das suas histórias e estudos.
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Elementos Para História Movimento Operário em Portugal

2º Volume 1930-1975

Ramiro da Costa

Assírio & Alvim, 1979

Classe operária que não surgiu à luz do dia em 25 de Abril de 1974. Cuja actividade não se resume é República. Mas que tem atrás de si toda uma história e tem por si o futuro.

Se quiséssemos resumir essa história, podíamos dizer que ela é a história da luta da classe operária por uma direcção própria e independente, que corresponda aos seus próprios objectivos. Ou, de outro modo, de como direcções que correspondiam aos interesses de outras classes, foram sendo sucessivamente rejeitadas, no processo clarificador da luta de classes.

De 1820 a 1871, o movimento operário português que surge à luz do dia, está submetido à influência das ideologias utópicas da burguesia e pequena burguesia. Extremamente reduzido, o operariado português é uma pequena mancha no conjunto das classes da sociedade portuguesa.

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