segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Grande Muralha - 7 - Luís Moreira na China

Estou desde ha oito dias na China, este imenso pais de gente muito pacífica e amigavel. Nesta altura estou em Xangai, para visitar a Expo, e a verdade é que há rumores que um dissidente politico chinês, preso por estar envolvido nas manifestações na Praca Tianamen, tera ganho o Premio Nobel da Paz. Alguém sabe mais alguma coisa? Aqui a unica indicação que tive foi de um guia turistico que se referiu a uma provocação, por parte da Academia Sueca.


E verdade? Souberam como? Aqui não há comunicação social que se refira ao assunto, ninguém sabe o nome do premiado por mais que pergunte e ofereça copos de uísque.Podem informar?

Um português pouco informado, na China.

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Sim, é verdade Luís. o Prémio Nobel da Paz 2010 foi ontem  atribuído a Liu Xiaobo, pela "sua longa e pacífica luta pelos direitos humanos fundamentais na China", de acordo com a declaração de atribuição emitida pela Academia Nobel. Pelos vistos, a notícia não atravessou a " grande muralha" que cerca a China.

 É de facto uma provocação, como disse o guia turístico. Só é pena que, a par destas tímidas provocações, não haja atitudes mais enérgicas de repúdio por um regime que, intitulando-se comunista, tem um comportamento que nada fica a dever ao nazismo e ao fascismo.

2 comentários:

  1. Soubemos isso e entretanto soubemos que também a mulher de Xiabo está em prisão domiciliária por ter cometido o crime de visitar o marido e contar-lhe que lhe fora atribuído o Nobel.

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  2. E, sem novidade, que "O PCP considera que a decisão da atribuição do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo, inseparável das pressões económicas e políticas dos EUA à República Popular da China, é mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre os povos."
    No tempo da gloriosa URSS acusava a Amnistia Internacional, quando esta nos seus relatórios referia aquela URSS, de estar ao serviço dos EUA e da CIA.
    Então a China estava do lado errado agora é, moderadamente, elogiada.

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