Imagens do Portugal Queirosiano
Campos Matos
Terra Livre, 1976
Seja como for, mesmo que estas ruas e estas paisagens rurais sejam menos verídicas do que o real imaginário de Eça, a verdade é que o autor do Portugal Queirosiano ajuda-nos, por um lado, a rever sítios e atmosferas que o olhar de Eça visitou e fixou na tela absoluta do seu verbo, e, pelo outro, a passar em revista algumas das mais betas paisagem portuguesas. Neste sentido, o presente trabalho tem um valor intrínseco que subsistiria mesmo que não fosse mediado pelo talento de Eça: permite-nos descobrir um Portugal familiar e recôndito que a obra queirosiana transvazara para o seu mundo próprio e singular. É Portugal que aqui desfila, em dois planos: no do verbo criador de almas que foi Eça, na objectiva remadora que agora, seguindo-lhe as pistas óbvias e menos óbvias, desfila para nosso deleite e encanto.
_________________
A Indústria Portuguesa
Subsídios para a sua História
Esteves Pereira
Guimarães Editores, 1979
A presente edição compõe-se de três ensaios publicados na revista O Ocidente.
Uma brochura de 1900 retomava os Progressos da Indústria e Sobre as Corporações com a redacção ligeiramente modificada. O estudo sobre o movimento corporativo antecedia agora o ensaio dedicado aos progressos. A paginação obedecia a um critério metodológico, como facilmente se depreende. Acompanhavam ainda a reedição onze páginas inéditas, discorrendo sobre a logografia industrial, reprodução escrita do progresso das indústrias, formando um conjunto de conhecimentos relativos ao desenvolvimento material da civilização», segundo a definição adoptada pelo autor. Decidimo-nos pela sua supressão, retomando a redacção de O Ocidente, não deixando porém de assinalar que, se a logografía está hoje ultrapassada, a preocupação de racionalizar o estudo da actividade industrial…
______________________
Instauração do Liberalismo em Portugal
Victor de Sá
Livros Horizonte, 1987
Visão global desse período conturbado que foi no século passado a transformação da sociedade senhorial para a sociedade burguesa e capitalista, instaurada pela Revolução Liberal, neste volume interferem também os factores da descolonização americana (independência do Brasil), das interferências estrangeiras e das movimentações populares. Estas são imprescindíveis à compreensão do Portugal contemporâneo que hoje nos envolve a todos.
Considerando que a história é geralmente escrita pelos vencedores, procura-se aqui ultrapassar as limitações ditadas pelas versões de cronistas oficiais ou oficiosos. O que era a “liberdade” que eles cantavam? Quem era o “povo” que glorificavam?
Neste volume procura-se obter uma visão mais ampla dos acontecimentos relatados e explicações racionalmente mais aceitáveis.
______________________
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário