Adão Cruz
Este livro este copo esta mesa este mar d’águas quentes bordando a lodo o cais de Pidjiguiti onde caiu meu corpo no dia da memória
este livro este copo este mar d’água e sangue estoirado na cabeça do último suspiro da vida e da história
este livro este Viriyamu fuzilado na penugem de Cinteya nas balas de Vaina no esventrar de Zostina
esta cabeça atulhada de milhões de pensamentos perdidos na estrada
este chão de Babi-Yar de sangue regado nas lágrimas caladas do Dniepre
esta cabeça esgotada de acordar pensamentos este grito do vento na terra lembrada dos rios da morte e do silêncio
esta cabeça cansada de eternizar momentos em séculos de nada!
(ilust. porm. adão cruz)
terça-feira, 16 de novembro de 2010
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Já tinha gostado do outro conto que fazia este paralelismo. Só há pouco tempo li sobre este Babi-Yar. E as memórias da guerra, um flagelo que não passa
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