quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Para Sempre, Tricinco ALLENDE E EU - autobiografia de Raúl Iturra - (1)

Introdução

A cultivadora do folclore, a chilena Violeta Parra , costumava dizer na sua língua Castelhana: “Volver a los diecisiete, después de vivir un siglo... o que em português seria Voltar aos dezassete, depois de viver um século, é como decifrar símbolos sem ser símbolo competente...Dizia isto, lembro-me bem, nos anos da sua maturidade, namorada como estava de um jovem musico e Antropólogo suíço, Gilbert Favre, bem mais novo do que ela. Por causa da sua diferença de idades, o jovem rapaz a abandonara e foi-se embora para Bolívia . Tal e qual o caso de Edith Piaf o rouxinol de Paris. Violeta era o do Chile, e no Chile fica, a recompilar música denominada típica ou folclórica, músicas cantadas pelosos camponeses e nos bairros degradados da capital ou do interior do país, denominados também bairros de lata, quer na Capital, quer no interior do interior do País. Infelizmente, a incompreensão e falta de atenção dos chilenos sobre a sua arte como compositora, compiladora, pintora, ceramista e actriz na denominada Carpa dos Parra, onde cantavam ela, os seus filhos Isabel e Angel, a sua irmã Hilda e o seu irmão poeta, Nicanor, lia os seus próprios poemas, fez que morresse, à sua maneira: matou-se a uma idade ainda nova. A vida e obra de Violeta Parra, têm inspirado o título do meu livro e o seu conteúdo, bem como a vida e morte do meu Presidente, ou Sua Excelência Dr. Salvador Allende, como costumamos referir aos Presidentes do Chile.


Não posso negar que estas duas pessoas marcaram a minha vida de forma intensa ou de forma profunda. Violeta Parra, pela sua devoção e dedicação a resgatar e guardar a memória oral das pessoas que, para alegrar a sua vida, cantavam, canções dos tempos da Arca Vieja, como se diz no Chile, se, quem fala, refere a um facto antigo, do qual há apenas esse registo da memória oral, que vai embora quando a pessoa entra na eternidade. Pensava Violeta ser necessário preservar ideias e música e os denominados Parra de Chile, dedicaram o seu tempo no trabalho de colectar a memória oral, referida e definida por mim em outros textos e na recriação, com música escrita por eles, ou poemas, como os do irmão de Violeta, Nicanor Parra .

Tive a sorte de privar com eles, todos de forma diferente e espaços alargados, e aprender a humanidade e simplicidade que usavam para viver as suas vidas. Devo confessar que esses encontros me ajudaram a rebaixar a minha arrogância destemida, fruto do lar no qual tinha nascido: filho de patrão, é denominado patroncito. Parecia-me natural ser Don Raulito e o meu pai, o Senhor Engenheiro Don Raúl. É bem sabido que na língua Castelhana, Don não é título aristocrata, apenas um tratamento de reverencias para pessoas de posse e, as vezes, para os anciões do povo ou proletariado: ou porque sabem mais, ou por estarem mais perto do que se acredita, o céu, ou também, por acumularem no seu saber segredos de natureza que cura e salva pessoas. No Chile, há a tradição Mapuche, nativos de terra, denominados Araucanos por um poeta espanhol do tempo da conquista, Alonso de Ercilla e Zúñiga .

Um segundo poeta a falar dos Mapuche, centenas de séculos mais tarde, era o nosso poeta Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, conhecido como Pablo Neruda, nascido em Parral, centro- sul do Chile, a 12 de Julho de 1904, falecido em Santiago, a 23 de Setembro de 1973, por causa do cruel assassínio do seu grande amigo Salvador Allende, delito que apressou a sua doença de cancro e faleceu 13 dias depois da Sua Excelência Allende. Neruda encomia aos Mapuche, à- la- Ercilla, mas com uma outra forma de realidade, denominando a eles o nosso povo e não esses valentes inimigos que não conseguimos dominar . antigo estudante de Lucila Godoy Alcayaga ou Gabriela Mistral, poetisa, Prémio Nobel de Literatura de 1945 . O seu estudante de infância, tornou-se o Prémio Nobel de Literatura de 1972! Situações paradoxais! O nosso vizinho da casa de Valparaíso, eles, Cerro Mariposa, casa La Sebastiana, nós na casa urbana do Cerro Alegre, costumava contar como foi recebido pela consulesa do Chile na Itália, Gabriela Mistral, no ano que teve que fugir do Chile, já Senador Comunista do Congresso Bicameral Chileno, precisamente por ser comunista e constante opositor do, em esse tempo, Presidente da República Gabriel González Videla, denominado O Traidor. Traidor, por ter sido eleito com o apoio de radicais, socialistas e comunistas, estes últimos banidos do país. Como o meu próprio sogro, General da Aviação, aliás, fundador da Força Aérea do Chile, Raoul González Nolle de Montjeville, tinha apoiado ao Traidor e, no entanto, foi mandado a se retirar das Forças Armadas pelo Comandante em Chefe das Forças Armadas, que no Chile, como em toda Democracia Latina, é o Presidente da República. Raoul Gonzáles, por acaso nascido no Chile, Adido Militar nas Embaixadas Chilenas de Londres, Alemanha, outras e Assistente de Campo de dois Presidentes antes do Traidor, António Ríos e Pedro Aguirre Cerda, excelentes seres humanos, socialistas como deve ser, com apoio do Partido Liberal e do Partido triunfador nesses tempos, o Radical. Neruda, não apenas em casa, bem como no seu derradeiro livro: Confieso que he vivido póstumo de 1974 , publicado na Espanha por Seix Barral, Barcelona, teve que fugir do país e entrar na denominada clandestinidade para não ser mandado matar pelo traidor. Traidor que, folgo-me em dizer, foi desprezado publicamente pelo General o meu sogro, ao entrar para uma festa no exclusivo Club de la Unión , quando entrara o Traidor, todos disseram: “Raúl(tradução ao Castelhano do nome francês), está a entra o Senhor Presidente !”, mas o General, já em retiro forçado, virou às costas ao Traidor e o não cumprimentou. A raiva e vergonha do dito presidente foi tão grande, que saiu precipitadamente do Clube, de volta ao Paço Presidencial de La Moneda. Parece apenas uma nota pessoal, mas, infelizmente não é assim. Sem licença do traidor, ninguém podia mexer no país. É assim que passou do seu Partido Radical - socialistas franceses, importado ao Chile pelos aristocratas chilenos, que tinham estudado na França e importado as ideias socialistas de Sait-Simon, e formaram o denominado Partido Radical, especialmente, Manuel António Matta . Não resisto intercalar uma resenha do Chile desses anos. “En 1850 durante el gobierno de Manuel Bulnes Prieto, hacia fines de mayo se forma la Sociedad de la Igualdad, integrada por intelectuales jóvenes que regresaban desde Europa, tras terminar sus estudios. Entre ellos José Victorino Lastarria, Eusebio Lillo y Francisco Bilbao entre otros. Manuel Antonio Matta, fue fundador del partido radical.

La Sociedad de la Igualdad se convirtió en el foco de agitación política del país y atrajo a su seno a todos los jóvenes intelectuales y un buen número de artesanos. Los integrantes de la Sociedad de la Igualdad promovieron levantamientos en contra del gobierno, razón por la que el 9 de noviembre de 1850, por decreto de la Intendencia se disuelve la Sociedad de la Igualdad y sus líderes son apresados y encarcelados. Otros como Santiago Arcos, José Victorino Lastarria y Federico Errázuriz Zañartu fueron desterrados.

No obstante, también se puede decir que los orígenes del Partido Radical se hallan en octubre de 1858 en la ciudad de Copiapó con la formación de una organización llamada La Asamblea Constituyente, que agrupó a la mayoría de los líderes del partido: Manuel Antonio Matta, Angel Custodio Gallo, Francisco Marín, Juan Arteaga Alemparte y Guillermo Matta, que impulsaban la reforma a la Constitución de 1833.

Las ideas que se cuestionaban por aquellos días se pueden sintetizar en tres puntos fundamentales:

El autoritarismo presidencial.

La centralización administrativa.

La excesiva influencia de la iglesia en las decisiones del gobierno. La fuerte tensión que generaba el clericalismo en oposición a las difundidas ideas de la Revolución Francesa, estaba en el centro del conflicto que se extiende por más de tres décadas, tiempo en el que la Sociedad de la Igualdad, con los escritos de Manuel Antonio Matta protagonizan duros y hasta violentos enfrentamientos.

Pero fue sólo hacia fines del segundo gobierno de Manuel Montt Torres, que los Radicales surgen como el tercer partido político de la historia de Chile, después de los Conservadores y Liberales.

Cabe destacar la notoriedad que alcanzó la controversia entre iglesia y Estado, en la cual aparece un hecho singular conocido como la "cuestión del sacristán", situación que el obispo Rafael Valentín Valdivieso quiso aprovechar para someter el poder de civil a la supremacía de la iglesia. Hecho que Manuel Antonio Matta aprovecha para pedir la separación de la iglesia del Estado.

El 12 de mayo de 1862 se funda el periódico "La Voz de Chile" que difunde las bases del radicalismo; enseñanza laica, libertad electoral, derecho edilicio, descentralización administrativa, reforma a la Constitución de 1833 y la interacción del pueblo en la generación de autoridades.



O que aconteceu no Século XIX, no XX os nomes de Neruda e Allende, foram proibidos e banidos de tudo e qualquer sítio onde puderem aparecer. Proibidos no Chile, eram os seus livros, o seu nome apagado dos textos para estudantes, a lembrança das suas pessoas, livre circulação à sua viúva, Matilde Urrutia, que ficou no Chile como símbolo de resistência. Tal como aconteceu com milhares de nós, banidos, resistentes fora do pais, exemplo da honra e fidelidade a uma causa perdida. Nunca vou esquecer o dia de arrebitar o nome Neruda no estrangeiro, precisamente na minha Universidade de Cambridge, Grã-bretanha, ao representar em inglês a única peça de teatro de Neruda: Fulgor e Morte de Joaquim Murieta , onde o papel do Neruda que relata a história enquanto esta transcorre, foi feito por mim, acompanhado em viola e canto por Isabel e Angel Parra; se não for pelos Parra do Chile, agora, como nós, na Inglaterra, eu era incapaz de falar, tal a dor e tristeza dum projecto derrubado, de um Presidente morto, nossas famílias separadas, as nossas ideologias intactas, mas a alma partida em troços. Foi o ano em que nasceu a minha filha mais nova, longe de mim e que conheci apenas no aeroporto, por obra e simpatia de agora governante Labour Party e a minha colaboradora, a Ministra Judith Heart , e o apoio de Billy Callagham , Primeiro Ministro nesses dias, quem me ajudara a entrar a 1.500 chilenos à, nesses dias, socialista Grã-bretanha. Ao primeiro pedido, Callagham diz-me: “My Dear Doctor: I do not know if they are terrorist or not!” A minha resposta foi curta e clara: “Mr. Prime Minister, quais os terrorista? Nós ou a Ditadura do Chile? Peça os arquivos a CIA dos USA e procure estes nomes”. Uma semana depois, a sua secretaria telefona-me para minha universidade de Cambridge, e admite que o ter feito indagações sobre a lista entregue por mim e acrescenta que não tinha encontrado nenhum terrorista e diz que podiam entrar! E entraram, pelo menos, esses 1.500 Chilenos, ou para trabalhar, ou estudar, ou se recuperar da depressão causada pelo exílio. E o nosso trabalho começa: procurar casa, empregos, bolsas de estudo, Universidades ou Politécnicos, ou, simplesmente, labuta como se diz no calão português. Muitos entraram às Universidades com bolsas do WUS ou World University Service, passados pelo crivo da organização que formamos, ou Academics for Chile. O impulsionador desta instituição, era o meu amigo, recentemente desaparecido, Iain Wright, da Faculdade Queens College de Cambridge. Amigo profundo, socialista como eu, apoiante do Allende desde o estrangeiro e admirador da via chilena para o socialismo: um socialismo eleito por voto directo nas urnas e não, como antigamente, por golpes de Estado, excepto na França, no dia que Gambetta é eleito Presidente da França e solicita a colaboração de um outro socialista, Émile Durkheim. Esse Durkheim que, mais tarde, ia apoiar, com o seu discípulo e amigo e sobrinho, Marcel Mauss, a queda do despotismo dos Romanov na Rússia, factos referido e provados por mim no meu mais recente livro . Ou, em outros textos escritos por mim sobre a dádiva

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Notas:Parra, Violeta, (San Carlos, 14 de outubro de 1917 — Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena. Nasceu em San Carlos, província de Ñuble. Realizou seus estudos escolares até o segundo ano do secundário, abandonando-os em 1934, para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos, desenvolvendo uma importante carreira musical, como autodidacta, a partir dos 9 anos.
Em 1938, casou-se pela primeira vez e dessa união, teve dois filhos, Isabel e Ángel, que também viriam a se tornar compositores e intérpretes importantes.
Viveu em Valparaíso entre 1943 e 1945, e voltou a Santiago, para cantar junto com seus filhos
Informação retirada da Net: http://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_Parra
http://sarasvati29.spaces.live.com/blog/cns!EC3179E49AE12!4790.entry ou para canção referida, ver na Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=Violeta+Parra+Voltar+aos+dezessete&spell=1 bem como: http://www.terravalente.com/paginas/gospel/textos/volver17.htm

Sobre a vida dos amores desesperados de Violeta Parra e a desgraça dos seus amores, ver na Net: http://es.wikipedia.org/wiki/Violeta_Parra#Una_chilena_en_Par.C3.ADs
Allende Gossens, Salvador, (Valparaíso, 26 de junho de 1908 — Santiago do Chile, 11 de setembro de 1973) foi um médico, político e estadista chileno foi Presidente do Chile entre 4 de Novembro de 1970 e 11 de Setembro de 1973. Conhecemos a sua trágica história, a ser referida em Capítulo aparte. No entanto, para saber mais, pode aceder a internet, ligação: http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_Allende
Entre outros: O Imaginário das Crianças. Os Silêncios da Cultura Oral, (1998) 2007 2ª edição, da Editora Fim de Século, Lisboa. Para as de outros textos para saber sobre a memória, o que denomino memória cultural e reclamo como definição minha, ver no motor Google da Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ra%C3%BAl+Iturra&meta=
Nicanor Parra Sandoval (San Fabián de Alico, 5 de septiembre, 1914), poeta chileno. Parra se le atribuye la antipoesía, una expresión literaria que rompe con los cánones tradicionales de la lírica. Una de sus obras más reconocidas es Poemas y Antipoemas, donde remplaza una sintaxis cuidada y metafórica por un lenguaje cotidiano y directo. Nicanor Parra es miembro de la Familia Parra, compuesta por reconocidos artistas populares en Chile, entre ellos Roberto, Violeta y Eduardo ("Lalo)".

DE ERCILLA Y ZÚÑIGA, ALONSO (1533 - 1594), lutou com as forças conquistadoras, ao começo da dominação do denominado País do Frio ou Chili, em língua Quechua, e em Aimara, significa: País os Sul do Sul. Escreveu o seu afamado poema épico, La Araucana, publicado em 1569, em homenagem ao Rei D.Felipe II. Para ver o poema, ir ao sítio Net: http://es.wikipedia.org/wiki/Alonso_de_Ercilla Mas, no Chile, ainda hoje, prevalece o nome de Mapuche que, na sua língua, o Mapudungun, significa “gente da terra”, como Luís Silva Pereira definira no seu texto de 2000: Médico, Xamã ou Ervanária? Doença e Ritual entre os Mapuche do Sul do Chile, Lisboa, Instituto Superior de Psicologia Aplicada, ISPA, Lisboa, entre outros do mesmo autor, dedicados aos Mapuche do Chile. Note-se que este autor português refere Mapuche e não Araucanos. O nome Araucano foi escolhido por Ercilla, por ser assim denominada a região à qual tinham sido relegados os nativos do Chili . Pode-se também vera obra de Silva Pereira na Net: http://www.ispa.pt/ISPA/vPT/Publico/CorpoDocente/Tempo+Integral/ProfessoresAssociados/DocLuisPereira.htm . No Chile, os Mapuche são também referidos como “los indios”. Grande parte da população é mestiça: combinação genética de Espanhóis e Mapuche, como refiro no meu texto de 1998: Como era quando não era o que sou. O Crescimento das Crianças, Profedições, Porto, Ver no motor de pesquisa Google: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ra%C3%BAl+Iturra+Como+era+quando+n%C3%A3o+era+o+que+sou.+O+crescimento+das+crian%C3%A7as&meta= ; ou no meu de 2000: O saber sexual das crianças. Desejo-te, porque te amo, Afrontamento, Porto; ou 1998:Colectánea com um texto meu: “As crianças crescem (texto em quatro andamentos, escrito velozmente ao som de Tchaikowsky)”, A Página da Educação, 1998, passível de ler no sítio: http://www.apagina.pt/arquivo/ImprimirArtigo.asp?ID=491

Neruda, Pablo, 1950: Canto General, retirado da Net: http://www.mundolatino.org/cultura/neruda/neruda_6.htm ou em Alianza Editores, Madrid, México. De facto, o Canto General é uma oda à América Latina, e foi escrita no México, em estilo de reparação e acusação aos crimes cometidos pelos espanhóis conquistadores desde o inicio até o dia de hoje. Não é que os cidadãos da Espanha cometam crime hoje em dia, mas sim, é esse horroroso, penso eu, prazer de se sentir espanhóis e ter por Rei ao da Monarquia Espanhola. É como se o Chile ainda não se tiver libertado da Espanha! Doe-me imenso, especialmente por estudar aos Picunche, clã dos Mapuche da Araucania ou do río Rauco, nome em Mapudungum, que em Castelhano é rio veloz ou fero. Pode-se encontrar mais informação na Net: http://www.mundolatino.org/cultura/neruda/neruda_6.htm .Custa-me, ou, é- me impossível não reproduzir no texto, pelo menos os títulos dos Capítulos do Canto General. No entanto, é tarefa do leitor interessado, caso quiser saber mais, ver na Net: http://www.neruda.uchile.cl/obra/cantogeneral.htm
Alcayaga ,Lucila Godoy ou Mistral, Gabriela: a sua obra recebeu o prémio Nóbel de Literatura, o primeiro após acabar a 2ª Grande Guerra ou Mundial, do Século XX. Referências no sítio Net: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/LucilaGA.html
• Neruda, Pablo,1974: Confieso que he vivido. Memorias. Barcelona, Seix Barral, 1974. (autobiografía) e 1977, outra obra póstuma: Para nacer he nacido. Barcelona, Seix Barral, 1977. Bem como El río invisible. Poesía y prosa de juventud. Barcelona, Seix Barral, 1980. Textos na minha posse como livros, e também para ver na Net, sítio: http://es.wikipedia.org/wiki/Pablo_Neruda

Durante o período das presidências do Partido Radical (1938-1952), o Estado chileno aumentou sua participação na economia nacional. Em 1952, após três presidências radicais (Pedro Aguirre Cerda (1938-1941), Juan Antonio Ríos (1942-1946) e Gabriel González Videla (1946-1952), retornou à Presidência o general Carlos Ibáñez del Campo, que havia sido ditador do Chile entre 1927 e 1931. Jorge Alessandri sucedeu Ibáñez em 1958, derrotando o socialista Salvador Allende por uma estreita margem de votos. Para saber mais, visite o site Net: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chile

retirado do sítio Net: http://es.wikipedia.org/wiki/Partido_Radical_(Chile)
Foi a Ministro que mais me ajudara para “boicotar a Junta Militar que “Governava” o Chile, após o putsch contra o Presidente Allende e os seus eleitores e colaboradores. Para saber mais, veja o sítio Net http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=British+Minister+Judith+Heart&spell=1
A colaboração do Ministério laborista, eleito em 1974 e o seu Primeiro Ministro, William (Billy, alcunha para esse nome) Callaham, foram de imenso apoio para defender ao povo chileno, enquanto o povo sofria de fome, injustiça, torturas. Para saber mais, visite o site Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=+British+Prime+Minister+Bill+Callahan+and+Chile&meta=
Iturra, Raúl, 2007: O presente, essa grande mentira social. A reciprocidade com mais valia., Afrontamento, Porto. Para saber mais, visite os sítios Net: http://ceas.iscte.pt/cria/pkm_jyd.html ou http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ra%C3%BAl+Iturra+O+Presente%2C+essa+grande+mentira+social&meta=
Antropologia Económica – Dádiva; Empréstimo; Escassez; Abundância , texto escrito por mim em 1984, comentado por Fernando Baleiras em 2006. Ver sítio Net: http://baleirasensaios.blogspot.com/2006/03/antropologia-econmica-ddiva-emprstimo.html . Entre outros textos meus comentados por ele, aparece: Racionalidade tradicional, racionalidade individual: reciprocidade e optimização nas estratégias produtivas duma paróquia rural galega, escrito por mim na colectânea Antropologia, 1984, Coimbra, ou na colectânea Anthropology,Cambridge Review, C.U.P. Visite o sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt- PT&q=Racionalidade+tradicional%2C+racionalidade+individual%3A+reciprocidade+e+optimiza%C3%A7%C3%A3o+nas+estrat%C3%A9gias+produtivas+duma+par%C3%B3quia+rural+galega%2C+&btnG=Pesquisar&meta=

(Continua)
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5 comentários:

  1. Magnífico trabalho, e a memória desse homem corajoso, democrata e socialista, Presidente do Chile por vontade livremente expressa do povo, morto às mãos fascistas.

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  2. A 20 de Janeiro de 2008, Domingo, comemorava o dia do meu aniversário. Antigamente, convidava a todos os membros do meu Departamento de Antropologia do ISCTE, hoje IUL, mas os anos passam e comecei a seleccionar pessoas. Esse Domingo tive comigo a dois dos meus melhores orientados de teses, e os seus maridos e mulheres. Um desses maridos, é membro da Assembleia e perguntou-me pela minha política e o Chile de Allende. Falei e falei, ninguém me parava, excepto para colocar mais questões sobre Allende e Eu. O Deputado disse-me porque não colocava todo num livro; o meu discípulo e amigo disse-me que não seria capaz. No dia seguinte sentei-me no computador e entre amargas recordações, alegrias da vida e pesquisa, escrevi o livro que quem quiser ler, pode visitar http://estrolabio.blogspot.com/2010/11/para-sempre-tricinco-allende-e-eu.html#more . Três meses depois, o texto estava acabado, eram quinhentas páginas, tive que reduzir a trezentas. É o livro que me edita o meu querido amigo Carlos Loures e que pode ser lido na morada fornecida antes. Foi entre desafios a mim próprio e tristezas, que não parei até o completar. O dei para ler aos meus discípulos, que nunca tiveram tempo do folhar. O entreguei a uma editora, estava falida. Finalmente, Carlos Loures aceitou o repto e está a publicar esta a minha autobiografia. Agradeço

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  3. A publicação de um testemunho tão expressivo e impressivo como, na leitura rápida que fiz, me pude aperceber que este livro representa, é uma mais-valia para todos os que o lerem. Estamos gratos ao Professor Raúl Iturra por nos confiar a sua autobiografia e, em meu nome e em nome de todos os colegas da Comissão Coordenadora, agradecemos a confiança que em nós deposita.

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  4. Bem, isto do protocolo e das cortesias, é-me difícil de responder. Quem agradece a paciência de lerem o meu livro e confiarem na sua verdade, sou eu. Os dramas que vivi, estão incutidos no texto que, por ter confiança em vós, lhes ofereci. Custou-me sangue, suor e lágrimas esta escrita, que lego à posteridade. Muito obrigado, meus Senhores, especialmente ao meu amigo Carlos

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