terça-feira, 23 de novembro de 2010

Uma andorinha do Árctico

Adão Cruz




Abri as janelas do meu peito a uma andorinha do Árctico.

Trazia um sonho no bico sonho que eu perdi não sei onde nem quando não sei se na vida errando não sei se dentro de ti.

Vinda das auroras de frescura trazia em cada asa um poema e um abraço de ternura no cortante gume de um dilema.

Abri o peito a uma andorinha do Árctico e com abraços quentes como tâmaras fundimos nosso enlace num só poema.


(ilust. Adão Cruz)

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