Luis Moreira
Estas pessoas que faltam ao trabalho mentindo, justificando com atestados médicos falsos uma doença que não existe deveriam ser imediatamente despedidas. Há maior justa causa que andar a enganar quem lhes paga o vencimento, a atraiçoar os colegas que têm de fazer o trabalho do crápula e a receber do Estado o que não têm direito? É um triplo crime mas não acontece nada.
Nada disto existiria se quem trabalha fosse devidamente avaliado com as faltas a serem penalizadoras ( um director de uma escola cujo texto publicado no Publico aqui reproduzi, diz que as faltas, nas escolas, eram todas justificadas fosse qual fosse o motivo) porque os faltosos saberiam que tinham alguma coisa a perder, assim vale tudo, não só mentem ao empregador, como recebem do Estado aquilo a que não têm direito (que nós, os que não faltamos, temos que pagar).
Serve a alguem ser honesto, dedicado, empenhado, ter mérito se ao lado tem um colega que goza na sua cara praticando crimes que ficam impunes? É alguma vez possível que a produtividade cresça se não se pode contar com um elemento da organização que falta quando quer? E que é readmitido como se nada tivesse acontecido?
São estes principios em que assenta a nossa legislação laboral que são defendidos, protegendo gente incapaz e desonesta em vez, isso sim, de proteger os trabalhadores dignos desse nome. É isto o resultado das progressões automáticas, dos aumentos ao fim de X tempo. Impunidade para quem engana tudo e todos.
Se a um destes individuos fosse aplicada uma pena exemplar acabavam-se as fraudes de imediato, não vale a pena dizer que são os médicos que assinam de cruz, porque isso não resolve nada, sempre o médico dirá que não pode saber se a pessoa está ou não com obstipação, mas encontrar o "doente" na taberna a jogar as cartas, ou a trabalhar noutro lado, não precisa de confirmação.
Como se viu nestas 57 000 fraudes!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
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essas fraudes são como as outras... a da corrupção, da pedofilia, da fuga aos impostos, dos trabalhos sem factura, do pagamento de favores, do dinheiro que se multiplica por milagre, da requisição para voluntariado... como não há pena (e nem estou a falar em pena exemplar) ... para a frente é que é o caminho porque atrás vem gente.
ResponderEliminarPois Maria, deviam ser penalizadas, mas não são, a lei e a opinião pública defendem o faltoso, todos achamos piada aos gajos que nos enganam.
ResponderEliminarLuís, mas eu não acho piada. Nem aos que me enganam e muito especialmente aos que enganam outros que não eu. Não me calo, não fico a um canto bem comportada, não baixo a cabeça nem lhes digo ámen... claro que tem custos mas... talvez seja mesmo essa a minha profissão...
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