A Tertúlia Ocidental
António José Saraiva
Gradiva/Público, 1996
Antero de Quental, nas Odes Modernas, fez nascer entre nós, uma escola poética que marcou Gomes Leal e Guerra Junqueiro; deixou reflexões em prosa que, até certo ponto, atenuam a indigência filosófica que sempre nos caracterizou, e produziu nos Sonetos alguns dos momentos supremos da poesia portuguesa do século XIX. Eça de Queiroz continua a ser um dos pontos mais altos da prosa portuguesa. Oliveira Martins permanece o único historiador português, e o maior historiador da Península, único no sentido de que ninguém mais considerou a história de uma nação no seu conjunto como uma totalidade. Homens desta qualidade intelectual e afectiva foram como carvões que mutuamente se aquecem e que produziram uma luz que alumiou o final do século. A república foi o fruto que eles não desejaram, mas que a eles se deve, como se lhes deve também o sistema corporativo…
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Textos de História de Portugal
Maria Luísa Guerra
Fluminense, 1978
Dar um panorama geral, mesmo em esquema, de um século tão rico e tão conturbado, como foi o século XIX em Portugal, é tarefa ambiciosa e ingrata. Tentámos no entanto esse caminho, conscientes das muitas omissões inevitáveis mas fascinados pela tentação de surpreender as grandes linhas de força e o escopro de uma época movimentada e de grande peso na transformação da sociedade portuguesa.
Detectada uma tipologia, passámos do plano individual (motor anónimo e prioritário da História) ao grande plano colectivo das instituições, da economia, do devir político, da saúde, da educação, da cultura, das tensões sociais, da imprensa, da demografia, do, trabalho, dos transportes e outros melhoramentos públicos, da vida urbana e da vida na província.
Lisboa 1978 - Maria Luísa Guerra
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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