sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


FARPA

Luís Moreira




Eça de Queirós, em 1872, escreveu nas Farpas:



"Nós estamos num estado comparável sómente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento de caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva, poderá ...vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par , a Grécia e Portugal".

Parece que era bruxo!

2 comentários:

  1. Pois é, o Eça não era bruxo sabia é o quanto não gostamos de mudar, de sermos orientados para a criação de riqueza,de aceitarmos o mérito como factor de reconhecimento.57 000 baixas fraudulentas na segurança social com os médicos a dizerem que sim, que o crápula que têm na frente está muito doente.Num caso destes estas pessoas deviam ser despedidas com justa causa.Mas como somos todos iguais...

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  2. e mais dizia o Eça.
    «Tenhamos bom senso: escutemos a revolução, e reservemo-nos a liberdade de a esmagar-depois de a ouvir.
    Uma coisa que a compromete - é ela falar em nome do proletário. O proletário pretende explicar-se; quer por um lado contar a sua miséria, por outro provar o seu direito. O simples bom senso indica que se deixe falar o proletário. - Silêncio ao pobre!-gritava Lamennais em 48. Esta palavra horrorosa, que é um dobre a finados pela dignidade humana, inspira sempre as instituições.-Santo Deus! Parece que lhes dói a consciência!Deixemos falar o proletário. Que receiam? Não temos os nossos exércitos, os nossos parlamentos, a nossa polícia? Deixemo-lo falar.»

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