sábado, 4 de dezembro de 2010

Os gatos que nos aceitam - II

Clara Castilho

GATOS FAMOSOS



Louis Wain (1860 – 1939) foi um artista britânico conhecido por seus desenhos, que caracterizavam antropomorfismo de gatos e gatinhos com grandes olhos. O pintor sofria de esquizofrenia. É usual associar o estado mais perturbado da sua doença a figuras mais fragmentadas e de olhar mais esgazeado.





Bosh e Tommy – dois gatos que passavam a vida a lutar um com o outro e que iam fazendo companhia a Anne Frank quando esta e sua família se escondiam dos nazis em Amesterdão. Bosch é a palavra em calão que se usa para designar depreciativamente os alemães, e Tommy quer dizer soldado inglês.

Delilah – gata preferida de Freddy Mercury, vocalista da famosa banda de rock inglesa The Queen. A gata malhada foi imortalizada na música “Delilah” no album Innuendo (1991). A letra, embora enumere muitas das suas qualidades, também a repreende por urinar pela casa.




Grimalkin – o famoso gato de Nostradamus, o astrólogo francês. Era também o nome do gato das bruxas de Macbeth.

Jellylorum – gato de T.S. Eliot que serviu de modelo para a criação do livro O Livro dos Gatos, recolha de poemas que deu origem ao musical Cats.

Koroun – gato do famoso escritor e realizador francês Jean Cocteau.

La Chatte Dernière – nome que todos os gatos de Colette iam tendo, uns a seguir aos outros:





“O meu gato não fala comigo tão respeitosamente, como eu o faço com ele!”

Minou – gata de George Sand, escritora francesa. Eram tão unidas que se diz que a gata e Sand partilhavam a mesma tigela ao pequeno almoço.

Rupi – gato do fundador dos Jethro Tull, Ian Andersen, que inspirou a música que deu título ao seu álbum a solo de 2004, Rupi’ dance.

Taki – gato de Raymond Chandler, pai dos romaces de detectives e criador do arquétipo do detective Philp Marlowe. Chandler li os primeiros capítulos dos seus romances ao gato, que apelidava de “o meu secretário felino”.

White Heather – uma gorda gata angorá que era a preferida da rainha Vitória. A gata conseguiu viver mais do que a dona e passou a pertencer ao filho, o rei Eduardo VIII.


Jean Cocteau

(100 gatos que mudaram o mundo – Sam Stall, Guerra e Paz, Lisboa, 2007
Les Chats de Paris, Barnaby Conrad III, 1996, London)

Em Portugal estou a lembrar-me :

Zé e Luis – do Professor Agostinho da Silva, que mandavam lá em casa, era impensável sentarmo-nos nos sofás que suas excelências escolhiam para si…























Manuel Pina que escreveu em 2002 - "Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães" (teatro) e em 2008 - "Gatos" (poesia)

2 comentários:

  1. O "amarelo" em casa da minha sobrinha, quando vê o lugar dele ocupado, ocupa ele o colo do ocupante. Com o ar de quem é o dono do sítio.

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  2. Adorei a postagem, parabéns!!! Que tal uma sobre os pintores e seus gatos? Abraços alados!

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