quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Semana do Ensino - Presidente do Conselho das Escolas -

Luis Moreira

Manuel Esperança foi eleito pelos seus colegas para o lugar, é um homem corajoso e um professor interessado, defende soluções há muito banidas pela corporação de professores. Em entrevista ao Expresso defende entre outras coisas:

Assume que há maus professores e que o concurso de colocação não permite fazer a distinção - por isso deviam ser as escolas a escolher, como fazem os privados. Lamenta que a falta de assiduidade não seja mais penalizada e considera as quotas na avaliação imprescindíveis.

"De uma vez por todas, temos de nos habituar a não ter receio de dar aulas de porta aberta.Como sempre fomos donos e senhores da sala de aula, se nos invadem o espaço sentimos que é uma ameaça....as pessoas que avaliam são praticamente as mesmas que foram eleitas pelos professores para desempenhar as funções de coordenadores de disciplina.Sendo assim, não lhes reconhecem competência para avaliar?

...tem que haver quotas porque se não tínhamos só professores excelentes e muito bons..por exemplo a questão das faltas devia ser extremamente penalizadora....o que aconteceu no ciclo de avaliação anterior foi que, apesar de a assiduidade ser um parâmetro, todas as faltas eram consideradas justificadas e equiparadas a serviço lectivo dado...

a burocracia...disso nem falo. Há essa intervenção porque o sistema está construído de cima para baixo. Há muito que ouço falar de autonomia mas acho que não verei isso acontecer...gostava de poder escolher os professores. Essa é a grande diferença entre o ensino público e o privado e iria trazer vantagens. Temos de ser competitivos. E a verdade é que há pessoas que nasceram para dar aulas e outras que, mesmo ajudadas, não fazem nada para isso.O concurso de professores não faz a distinção entre o trigo e o joio."

As palavras serenas mas corajosas de um professor eleito pelos seus colegas que aponta a demagogia de quem defende o igualitarismo e a irresponsabilidade.

Para que conste!

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