Em Nome da Liberdade
Ethel Feldman
Entre touros e porcos - sangue
O homem trabalha todos os dias
Num só, mata a sede e a fome
O corpo treme e fode
Aquele morreu de morte matada
Na cela o grito seco, calado
No corpo, a dor não revelada
Um buraco na terra
Dentro dela, a mulher adúltera
No rosto, a vergonha explorada
Na mão do justiceiro, pedras
O homem trabalha todos os dias
Num só, mata a sede e a fome
O corpo treme e fode
Aquele morreu de morte matada
Na cela o grito seco, calado
No corpo, a dor não revelada
Um buraco na terra
Dentro dela, a mulher adúltera
No rosto, a vergonha explorada
Na mão do justiceiro, pedras
Na procissão, um anjo de cera
Nas costas, o peso
Nas costas, o peso
Entre touros e porcos - sangue
Ordena a tradição, submissão
Grita o porco por compaixão
Na mão do homem - faca afiada
De morta matada
Morreu apedrejada
Um é preto, outro pobre
Criança sem nome, com fome
Ordena a tradição, submissão
Grita o porco por compaixão
Na mão do homem - faca afiada
De morta matada
Morreu apedrejada
Um é preto, outro pobre
Criança sem nome, com fome
Na rua, a procissão
Nas costas, um anjo
Pobres de espírito
Pobres, sem nome
Nas costas, um anjo
Pobres de espírito
Pobres, sem nome
Dá-me teu corpo suado, em nome do Homem
Rega meu ventre de vinho, em nome do Homem
Rasga-me por dentro, em nome do Homem
Amanhã parte, em nome da Liberdade
Ama.
Rega meu ventre de vinho, em nome do Homem
Rasga-me por dentro, em nome do Homem
Amanhã parte, em nome da Liberdade
Ama.
o título correcto do poema é:
ResponderEliminarEM NOME DA LIBERDADE e não Versão Final.
Abraços
Ethel
Estás arrebatada, Ethel!Cheira aqui um bocadinho a Neruda? A Ary dos Santos ?
ResponderEliminarEstamos exagerados, Luis? De qualquer forma, um beijo agradecido
ResponderEliminar