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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os Poemas do meu tio Alfredo Prior

Luís Moreira



Poesia popular

Minha terra, casa e mãe,
Trindade santa que te amo
Quando lembro o nome de uma
Pelas outras duas chamo.

Oh! Longroiva, minha terra,
Só tu me viste nascer
Para mim és a mais linda
Não te posso esquecer.

E tu, ó lindo castelo,
pelos ventos abalado
Muito embelezas Longroiva,
Lá no alto situado.

Tens a igreja do teu lado
Dela tens a protecção
Tambem lá tens a ermida
Da Senhora do Torrão.

De ti não me esqueço não
Afirmo-te com voz segura
Longroiva deste-me o berço,
Dá-me lá a sepultura!

Longroiva é uma aldeia
Que de longe parece vila. Tem uma capela à entrada
E um cruzeiro à saída.

domingo, 1 de agosto de 2010

Poemas do meu tio Alfredo Prior - 1



Luis Moreira

O presidente da Câmara da Mêda achou por bem, "promover a publicação de edições de livros de poetas populares"

Diz o Presidente : Conheço, pessoalmente, há várias décadas o Sr. Alfredo Prior. Personalidade multifacetada de amigo do seu amigo.Agora aparece-nos noutra faceta, de poeta popular.

Longroiva e o concelho da Mêda ficaram mais ricos, porque o livro de Alfredo Prior tem a preocupação, justamente, de divulgar a sua terra e algumas paisagens locais, usos, costumes e reflecte a religiosidade do Homem beirão, na consagração dos seus valores e na religião que acredita.

Como já escrevi o meu tio Alfredo tem 84 anos, nenhuma doença, não toma comprimidos, come um prato de sopa às 5 da manhã, quando se levanta para nascer com a vida, como ele diz, ouvir os sons da natureza, conhece os pássaros pelo canto e come mais um prato de sopa ao meio da tarde.Sachola as pequenas courelas que ainda tem e preside à Junta de Freguesia de Longroiva.Ganha sempre por unanimidade as eleições da Junta, já lhe disse que é por o quererem a trabalhar, a tomar conta do que é de todos, mas ele anda feliz com isso.

Nunca foi à escola, mas isso não o impede de ser músico, cantador de romarias.Ninguem nasce médico ou engenheiro, mas ningeum aprende a ser poeta, e o meu tipo nasceu com esse Dom. Canta a sua terra natal, a natureza, a melancolia, a mãe que perdeu muito cedo,a sua profunda crença religiosa.E é com profunda heronia que canta:

O médicao ganha dinheiro

Enriquece em poucos anos

Porque não paga ao coveiro

Pŕa lhe enterrar os enganos.

Vou publicando os poemas do livro "Poemas de Alfredo Prior" e contar facetas da sua vida tão rica, tão dificil e tambem tão feliz!

sábado, 10 de julho de 2010

Um poeta de Longroiva, o meu tio Alfredo Prior.



Luís Moreira

Carlos Luna está, desde há dias, a publicar poesia tradicional de Olivença, quadras populares recolhidas por
por Ventura Ledesma Abrantes e pelo Professor Hernâni Cidade. A leitura atenta que estou a fazr destas quadras, recordou-me o meu tio Alfredo Prior, de Longroiva, concelho de Meda, poeta popular e músico - toca gaita de beiços, bandolim e concertina - com 88 anos está mais criativo do que nunca.

Aqui vai uma produção do meu tio, o poeta Alfredo Prior:

Sábio e Sabichões

Neste mundo sem critério
De aparência e ilusões
Há poucos sábios a sério
E abundantes sabichões


O sábio sabe o que sabe
Muito pouco e quer saber
O sabichão pouco sabe
E não deseja aprender


O sábio humilde e silencioso
Aplica a vida ao estudo
O sabichão pretensioso
Julga que já sabe tudo


O sábio está convencido
Das suas limitações
O sabichão presumido
A todos quer dar lições

Mostro em cima um aspecto do Castelo de Longroiva, monumento nacional. O castelo, situado no ponto mais alto do antigo castro de Longobriga, conserva um pedaço da cerca, que foi fechado no século XIX para servir de cemitério, e ainda restos da barbacã, que faz parte do reduto  primitivo, anterior a 1176. De Longroiva se diz

Há três coisas em Longroiva

que bem empregadas são:
são os sinos e as águas
e a Senhora do Torrão.