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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os Poemas do meu tio Alfredo Prior

Luís Moreira



Poesia popular

Minha terra, casa e mãe,
Trindade santa que te amo
Quando lembro o nome de uma
Pelas outras duas chamo.

Oh! Longroiva, minha terra,
Só tu me viste nascer
Para mim és a mais linda
Não te posso esquecer.

E tu, ó lindo castelo,
pelos ventos abalado
Muito embelezas Longroiva,
Lá no alto situado.

Tens a igreja do teu lado
Dela tens a protecção
Tambem lá tens a ermida
Da Senhora do Torrão.

De ti não me esqueço não
Afirmo-te com voz segura
Longroiva deste-me o berço,
Dá-me lá a sepultura!

Longroiva é uma aldeia
Que de longe parece vila. Tem uma capela à entrada
E um cruzeiro à saída.

domingo, 8 de agosto de 2010

Os livros de Saramago



Luis Moreira


Nos próximos dias farei uma relação dos livros de José Saramago e, de cada um deles, uma pequena resenha .

Terra do Pecado - 1947

Desconhecido do público durante décadas, marcou a estreia literária do escritor, quando este tinha 25 anos e acabara de lhe nascer a filha,Violante. A acção localiza-se numa aldeia Ribatejana e é o desejo sexual de uma viúva pelo cunhado que desencadeia a intriga..Renegado durante muito tempo por Saramago, foi recuperado e editado pela Caminho, em 1977.No aviso que introduziu nessa nova edição, o escritor referia-se à sua estranheza perante o texto recuperado e o pouco futuro literário que este lhe parecia augurar.

Os Poemas Possíveis - 1966

Incursão do romancista pela poesia. Em breve perceberia que o seu caminho não seria esse.As convicções profundas do autor já estavam, contudo, lá, como em Criação. "Deus não existe ainda, nem sei quando/Sequer o esboço, a cor se afirmará/ No desenho confuso da paisagem/De gerações inúmeras nesta esfera//Nenhum gesto se perde, nenhum traço/ Que o sentido da vida é este só/ fazer da Terra um deus que nos mereça/ E dar ao Universo o Deus que espera"

(continua)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Nem morto está o fruto que tombou (um adeus a José Saramago)

Carlos Loures

Na passada sexta-feira, estava a almoçar com uns amigos quando na televisão disseram que José Saramago tinha morrido há minutos. Restaurante modesto, perto do mar, onde se serve bom peixe, com uma clientela heterogénea incluindo estrangeiros, surpreendeu-me o sopro de tristeza que percorreu a sala. Como se todos tivéssemos tido a noção da perda que nos atingia.

Quis vir logo para casa e escrever um texto de despedida a Saramago. Mas não pude, pois o almoço também era de trabalho. Quando cheguei vi que o Professor Raúl Iturra tinha escrito belas palavras, um poema. Fiz delas uma primeira homenagem do nosso blogue. Depois, a pouco e pouco, têm chegado depoimentos, comentários. Foi no domingo o Josep Vidal na carta que me endereçou, ontem um testemunho da Clara Castilho e outro do Luís Moreira, já hoje, um texto de Sílvio Castro. Aqui ficam também algumas palavras minhas.