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sábado, 23 de outubro de 2010

O Orçamento da crise em Portugal!

Rolf Damher


“A complexidade gera insegurança. A insegurança, por sua vez, gera medo. É desse medo que nos queremos proteger. Por isso o nosso cérebro filtra tudo o que é complicado, impenetrável e incalculável. O que resta é um aspecto parcial – aquilo que já conhecemos. Porém, como este aspecto parcial se encontra entrelaçado com o todo que não queremos ver, cometemos muitos erros – o fracasso é logicamente programado...são pequenos, cómodos e tão humanos erros de pensamento pelos quais, no melhor dos casos, só paga um e, no pior, todo o globo.

Não apreciei a mensagem abaixo referida que recebi, pelo seguinte: trata-se de duas falsas questões. Numa crise existencial como a actual crise portuguesa (e não só), a prioridade das prioridades é conceber, quanto antes, uma ESTRATÉGIA virada para frente que permita saír o país do atoleiro. As questões correctas são: qual pode ser o futuro projecto nacional que gera nova confiança e entusiasmo junto dos portugueses, motivando-os de novo e fazendo com que suportem as medidas duras porque sabem que melhores tempos se aproximam com o projecto de um novo desígnio? Em que poderá consistir esse novo e grande desígnio nacional? Quais são os verdadeiros pontos fortes do país que deverão ser exploradas “forte e feio”? Para onde é que Portugal se deverá virar para futuramente obter melhores resultados do seu comportamento sócio-económico?

E é disso que ainda não ouvi falar a ninguèm. Só falam do leite derramado O orçamento do estado, sem dúvida também importante, pode ser tratado pelos contabilistas. E todas as restantes medidas toma-se quando alguém com são juizo humano estiver de novo ao leme e o país em nova ascensão sócio-económica. Aliás, se a nova estratégia não for concebida e as forças não forem centradas nela atempadamente, todas as referidas medidas serão tomadas automaticamente – por falta de dinheiro. Mas isto poderá gerar grandes turbulências sociais associada à violência que deve ser evitado.

Orçamento do Estado

Todos os nossos governantes falam em cortes das despesas, mas não dizem quais, e aumentos de impostos, a pagar pela malta.
Não ouvi foi nenhum governante falar em:
. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizá-los como no estrangeiro.
. Reforma das mordomias na Assembleia da República como, almoços com digestivos a € 1,50.
. Acabar com os milhares de Institutos que não servem para nada e tem funcionários e administradores com 2º ou 3º emprego.
. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores de milhares de euros mês e que não servem para nada.
. Redução drástica das Câmaras Municipais, Assembleias, etc.
. Redução drástica das Juntas de Freguesia.
. Acabar com o pagamento de € 200 por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e € 75 nas Juntas de Freguesia.
. Acabar com o Financiamento aos Partidos.
. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc que se deslocam em uso particular pelo País. No estrangeiro isto não acontece.
. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia.
. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros.
. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado.
. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e, respectivas estadias em Lisboa em hotéis cinco estrelas.
. Controlar o pessoal da Função Pública que nunca está no local de trabalho e que faz trabalhos nesse tempo, para o Estado.
. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos.
. Acabar com as várias reformas por pessoa, do pessoal do Estado.
. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
.E por aí fora. Recuperamos depressa a nossa posição.
. Já estamos cansados, fica assim.


sábado, 22 de maio de 2010

Sócrates já faz parte do problema


Luís Moreira

Esta propaganda diária que diz que o país está a sair da crise (foi o primeiro diz o governo), que cresceu no último trimestre, que tem dinheiro para emprestar à Grécia, que tem dinheiro para os megainvestimentos, é muito prejudicial. Sócrates está em estado de negação, os membros do seu próprio governo desmentem-no, as trapalhadas são diárias e constituem profundas machadadas na já muito fragilizada credibilidade.

A Islândia, já em Outobro/Novembro, numa política de verdade, lançou um PEC sólido e duro com o objectivo de controlar as contas públicas. Meteu na prisão banqueiros e políticos, cortou na despesa de forma coerente, com especial incidência nas classes mais ricas, aliviou impostos no sentido de relançar a economia ajudando os que criam riqueza.

Aqui, ao contrário, temos um primeiro ministro que lança concursos para os quais não tem dinheiro, persiste na propaganda de uma situação que só ele vê, atira-se às classes mais desprotegidas, aumenta impostos retirando à economia o resto de meios que necessita para não cair em recessão.

E, com isto, perdem-se oito meses em relação à Islândia e aos outros países que começaram a trabalhar a tempo e horas, não mentindo aos seus povos, suavizando as medidas por terem sido tomadas com a situação ainda controlável.

Zapatero adia o TGV que o nosso governo inicia com a abertura e adjudicação do ramal Poceirão - Caia, à socapa adjudica nova autoestrada ao amigo Jorge Coelho.

Mas ninguem quer governar nestas condições, o Presidente tem um timing próprio, Passos Coelho deixa-se colar aos aumentos de impostos, Sócrates continua no filme que ele próprio realizou e de que é principal personagem.

Os banqueiros já se juntaram para dizerem em público o que Sócrates não quer ouvir em privado. Quem nos tira deste filme?