sábado, 5 de junho de 2010

A República nos livros de ontem nos livros de hoje - 7 e 8 (José Brandão)

Bandeira Nacional

Lisboa, 1910



Por Decreto de 15-10-1910, o Governo nomeou uma comissão, a que foi integrada por personalidades como Columbano Bordalo Pinheiro, Abel Botelho e João Chagas. Poucos dias depois, em 29 de Outubro, a comissão apresenta um primeiro projecto, que correspondia à bandeira do 5 de Outubro com a importante diferença de a disposição das cores vir agora invertida em relação àquela, com a cor verde junto à tralha. Quanto às armas, a comissão propôs a esfera armilar, «padrão eterno do nosso génio aventureiro», e o escudo branco com quinas azuis «da fundação da nacionalidade». Apresentado um segundo projecto, que mantinha o cromatismo verde-rubro, o Governo aprova-o em 29 de Novembro de 1910.

A Assembleia Nacional Constituinte, na sua sessão de abertura sancionou o projecto aprovado pelo Governo para a Bandeira.

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Bernardino Machado

H. de Oliveira Marques


Fernando Marques da Costa

Lisboa, 1978


A afamada Geração Portuguesa de 1865-70 contou entre as suas fileiras um homem de Estado que raros se lembrariam de identificar com ela: Bernardino Machado. É verdade que – criação de literatos, mais do que dos historiadores – como expoentes dessa e doutras «gerações» se nos apresentam poetas, prosadores filósofos, por vezes artistas e homens de ciência, mas rarissimamente políticos. Tem-se definido «geração» a partir dos valores culturais somente e em referência às correntes culturais somente também.

Cumpre aos historiadores ampliarem e reformularem conceito tão fecundo e tão pouco experimentado ainda como ferramenta de trabalho. E a caracterização das múltiplas figuras de uma mesma geração que fogem ao paradigma do homem de letras terá de ser a tarefa primeira para o aferimento e a activação desta ferramenta.

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