sexta-feira, 9 de julho de 2010

O Sucesso dos profissionais e das organizações

António Mão de Ferro



Para fazer face à conjuntura que atravessamos e inverter a situação é imperativo aumentar as competências das pessoas e das organizações.

A formação profissional ajuda certamente a consegui-lo, mas para que evidencie todo o seu valor é preciso ter presente que ela não consiste numa forma isolada de conhecimentos. As organizações bem sucedidas são as que estão atentas ao meio envolvente e que fazem diagnósticos das alterações que vão surgindo, porque elas se constituem como indicadores do que deve ser tratado nas acções de formação.

Para que se aproveite todo o potencial que a formação profissional pode proporcionar, os responsáveis das Instituições deverão fazer com que as suas orientações sejam inseridas em realidades complementares e interdependentes.

A formação deverá contribuir para a mudança de comportamentos e modos de actuação dos diversos colaboradores das organizações, pois só desse modo se conseguirá a obtenção de mais valias.

Os conteúdos a tratar não podem ser objecto do acaso, mas adaptados às diferentes situações. O surgimento de projectos viáveis de mudança com vista aos fins perseguidos pela organização, devem apoiar-se nas experiências passadas, porque o futuro não pode ser construído a partir do nada.

Partindo do potencial que as organizações possuem e apoiando-se nele, é mais fácil que as acções de formação ajudem a contribuir para que as pessoas evidenciem novas formas de ser, de agir, de cooperar de se relacionar e organizar para que suscitem entusiasmos e gerem sinergias que dêem um forte contributo para alcançar o que se pretende: O sucesso dos profissionais e da empresa.

1 comentário:

  1. Estou de acordo com o objectivo apresentado, de que o sucesso dos profissionais e das empresas é a base para fazer face à conjuntura que atravessamos e inverter a situação.
    Apresentas como essencial, para alcançar o objectivo, uma formação dirigida a situações concrectas e não a teorias abstractas, em que também estou de acordo.
    Temos no entanto de ter em conta que a maioria das grandes empresas a operar em Portugal são multinacionais. A excepção será o Grupo Sonae e julgo o Amorim. O resto são pequenas e médias empresas.
    Esta realidade do panorama empresarial em Portugal, limita ou torna quase impossível o investimento das empresas na formação dos seus colaboradores.
    As multinacionais têm as regras definidas e toda a organização tem de se gerir por elas, naõ tendo portanto qualquer tipo de autonomia de decisão nesta área.
    As pequenas e médias empresas são, na sua maioria, de tipo familiar com poucos empregados e a formação, que deveria começar pelo gerente ou donos da empresa, é por estes considerada desnecessária, por que eles entendem que sabem muito bem o que têm de fazer.
    Esta postura torna também inviável o recurso á cooperação dos colaboradores para serem ouvidos ou expor as suas ideias que suscitem os entusiasmos e as sinergias que dizes, e eu também concordo,dariam um forte contributo para tentar inverter a situação que se vai avolumando de empresas a fechar ou a despedir parte do pessoal, aumentando assim o número de desempregados.
    A cooperação a que te referes significaria o aceitar do principio de co-gestão, que sabes não ser aceite pelos empresários.
    Por outro lado a formação profissional, tal como existe, passou a ser um negócio que repito o que dizes, não é dirigida às necessidades do momento e por isso não acrescenta nada que seja aplicável. É portanto dinheiro "deitado á rua" que não traz mais valia nenhuma. É o que também acontece nos cursos de formação que os desempregados,a receber Fundo de desemprego são obrigados a fazer.
    Acresce ainda o facto de a economia dos países estar cada vez mais dependente da conjuntura internacional e agora, cada vez com mais expressão, da produção barata/escrava conseguida em especial na China e na Índia.
    Isto não significa baixar os braços. A mim parece-me que a solução para enfrentar a situação será a dos nossos empresários porem os pés na terra e delinearem planos de acção em projectos de inovação e de aproveitamento da matéria prima natural e humana de que dispomos.
    Depois então a formação dirigida aos objectivos definidos e, de uma vez por todas, os empresários deixarem de estar sempre à espera de ajudas e subsidios dos governos ou seja de todos os portugueses.

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