sexta-feira, 16 de julho de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 68 e 69 (José Brandão)

História da República Portuguesa

Lopes D’Oliveira

Editorial Inquérito, 1947

O rei pedia, em carta datada de 15 Setembro, a Venceslau de Lima para que interviesse, aplacando a ira do presidente do ministério contra as Congregações, cuja existência ilegal as expunha aos golpes do poder civil: - «A questão política está muito complicada, muito torcida...» «Também acho que Teixeira de Sousa está tomando por um caminho liberal de mais, direi mesmo radical. Preciso do seu auxílio para me ajudar a fazê-lo sair desse caminho...» «Acho que sobretudo com respeito à questão religiosa ele está avançando demais: já eu consegui, depois de uma luta tremenda, em que ele punha a questão de confiança, que ele não me trouxesse um decreto, para eu assinar, fechando todos os colégios jesuítas…» «É necessário que o Teixeira de Sousa não irrite mais os conservadores porque senão nada se pode fazer; modere ele um pouco o seu liberalismo e entenda-se com a oposição.»
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História da Revolta do Porto

João Chagas

Ex-Tenente Coelho

Assírio & Alvim, 1978

A reedição da obra que adiante se vai ler e que tão pormenorizadamente retrata o célebre levantamento do 31 de Janeiro exigia, de quem se encarregasse de a apresentar ao público, um apontamento breve das razões que determinaram esse levantamento e, também, daquilo que representou a República instaurada em 1910. Só o esclarecimento dessas duas ordens de factos – a das causas próximas da revolta e a do balanço do regime que essa revolta preludiou – permitirão ao leitor desprevenido uma clara compreensão do texto.

Enquanto às primeiras, sabe-se que a revolta foi principalmente o resultado da reacção nacional ao Ultimatum inglês de Janeiro de 1890 e ao tratado anglo-português de 20 de Agosto do mesmo ano.

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