segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sondagens para que vos quero...

Luís Moreira

Cavaco Silva aproxima-se dos 60% no que diz respeito a quem vai votar e a 80% nos que acreditam que vai ganhar!

Nas presidenciais parece que o assunto está resolvido, com Manuel Alegre a andar perto dos vinte e tal por cento e Fernando Nobre nos doze por cento.

Nas legislativas o PSD aproxima-se doa 40% e o PS dos 34%.PCP com 9% é a terceira força, BE com 8% e o CDS com 5%. Isto quer dizer que a esquerda ainda se mantem maioritária. Apesar da crise enorme e da má situação o PS ainda vai aos 34%, perdendo cerca de 10% para o PSD, bem como o CDS que perde cerca de 5% para o mesmo PSD.

Claro que perante estes números Passos Coelho capitaliza o que pode, como é o caso da revisão constitucional, que agora toca na regionalização (abandonando a obrigação de uma referendo)deixa cair grande parte das mudanças nos poderes presidenciais, insiste no SNS e na Educação,tornando-as pagas para quem pode e, muda, muito, a economia.

Tirar o Estado da economia é uma obrigação sem o que nunca teremos pequenas e médias empresas com prioridade, serão sempre as empresas públicas e do regime a comer a maior fatia.

Não são mais do que tendências, valem o que valem, mas o ínicio de um novo ciclo, agora com sociais democratas e democratas cristãos,um Estado menos gigantesco e uma sociedade civil mais forte, é o que se formula no horizonte.Por mim, não acredito que num país tão desigual e com tantos pobres o Estado Social seja afectado.Outros caminhos, sim !

PS:

O PSD sob a liderança de Pedro Passos Coelho subiu 13 pontos percentuais em apenas dois meses nas sondagens Bareme para TSF e Diário Económico. A mais recente, divulgada ontem, coloca os sociais-democratas à beira da maioria absoluta e muito longe do PS.

4 comentários:

  1. o PSD/PPD do Passos Coelho é tão "social-democrata" quanto o PS do Sócrates "socialista" e o CDS/PP do Portas "democrata-cristão".
    Traduzindo: pouco.

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  2. Pedro, estamos de acordo, o problema é mesmo esse.Sem uma sociedade civil forte não vamos lá.Os partidos nasceram em circunstâncias que já não existem, naquela altura foi preciso dar-lhes força, mas agora tomaram o freio nos dentes.Tomaram conta do Estado!

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  3. Realmente parece que as sondagens nos mostram que os portugueses querem apenas mudar de chefe. Querem que venha outro, também bem barbeado e com ar sério (será que de sério só querem o ar? A experiência faz-nos pensar estas coisas terríveis.) Sobre a social-democracia, a que em tempos vingou nalguns países e teve alguns resultados, já ninguém fala, a não ser o nosso Luís. Luís tens que concordar que nunca ninguém em Portugal procurou pôr em prática os princípios defendidos pela social-democracia, a não ser talvez o Vasco Gonçalves, que não teve tempo para nada. O PSD nunca o fez, e o PS também não (recordo que Mário Soares também chegou a declarar-se social-democrata). Entretanto as ideias de reduzir o peso do Estado não passam de capas para as privatizações, que continuam na ordem do dia, para benefício de alguns. Enquanto o Estado continuar à mercê de alguns interesses particulares, e a UE a mandar-nos bitaites, igualmente inspirados por certos grupos, continuaremos longe dos pricípios do socialismo, ou mesmo da social-democracia.

    Um abraço

    João

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  4. João, por isso mesmo é que eu já não vou em ideologias apregoadas.Há políticas experimentadas e com resultados, temos só que as aplicar.Aqui socialista e social democrata são uns senhores mentirosos que há 30 anos vivem á nossa conta. Somos o país mais pobre e mais desigual da UE!

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