segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Adão Cruz e Ethel Feldman no Terreiro da Lusofonia (I)
É noite, choram as carpideiras
Os mortos de cada dia
Boa safra que se escapa da vida
Doce é a partida
quando se faz desejada
Partem os homens de Boaventura
Restam as viúvas vestidas de luto
Trago no corpo, teu corpo
Salgado, agora sem vida
Memória de ti nas noites
Sem noite
Memória de ti em cada manhã
Amanhã e depois de amanhã
Mal anoiteça, estarás comigo
Até que eu adormeça
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Ethel e Adão - faço questão de ser o primeiro a felicitar-vos. Ao ver e ler este trabalho de fusão entre pintura e poesia, só posso dar-vos os parabéns, meus amigos.
ResponderEliminarMuito bonito!No caso 1+1 = 10.Um abraço aos dois.
ResponderEliminarExcelente conjunto. Um beijinho grande aos dois.
ResponderEliminarObrigado a todos e à Ethel
ResponderEliminarQuerido Adão,
ResponderEliminarFoi a minha primeira experiência. Os teus quadros atravessam o olhar e se instalam devagar no coração. Quem escreve esquece a caneta e se foca no sensação. E esta é sempre nova, há sempre um mais a acompanhar o olhar. Quem escreve preferia ficar em silêncio e honrar a obra do artista que fala por si. Viajei sem descanso na tua arte. Visitei vezes sem fim cada quadro. Dancei e dormi com eles. E como acontece em tudo na vida, despedi-me de cada um com um prolongado abraço.
Obrigada Adão.
Obrigada Carlos, pela confiança que depositaste em mim. Obrigada Luis, pela tua nota generosa. Obrigada Maria, pelo carinho.
Não tenho palavras nem "paladar" para tão gostosa iguaria
ResponderEliminarEu não chegaria à interpretação a que a Ethel chegou, mas quanto mais olho para o quadro mais me parece convincente.Olhar e ver são coisas bem diferentes!
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