Sir Raymond William Firth (Auckland, 25 de Março de 1901 — Londres, 22 de Fevereiro de 2002) foi um etnólogo neozelandês. Um etnólogo que não soube esperar. Íamos comemorar os seus 101 anos – o seu pai tinha atingido, como bom Zelandês, os 104, e um mês antes das festividades para comemorar as suas formas de reproduzir saber, nos deixara. Dizem por ai que a vida é assim... A sua análise era sobre a economia, por se ter graduado em Ciências Económicas na Universidade de Auckland em 1921, e aprofundou os seus estudos durante o ano de 1922, ao cursar um Mestrado em Economia e um Diploma em Ciências Sociais em 1923. Queria aprofundar os seus estudos em Economia, mas, ao se transferir a Universidade de Londres, conhece a Malinowski quem o orienta para combinar a sua pesquisa económica com trabalho de campo no Pacífico. Sítio conhecido para Firth, esta relação com Malinowski resulta num doutoramento sobre a etnia Maori da Nova Zelândia. Não é estranho que apenas investigue a família, propriedade, acasalamentos e educação, sem analisar para nada a religião Maori, por ser um confesso ateu, como tive a sorte de ouvir da sua boca. De origem Maori ele próprio, acontece com ele essa conjuntura que aparece nas nossas sociedades: enquanto mais adultos, melhor optamos pelos nossos próprios meios. Aliás, a religião Maori tinha sido substituída por crenças europeias. Apesar de ser os neozelandeses de religião cristã pela actividade das missões anglicanas e católicas entre os Grupos Maori levam a Firth ignorar esse dado e fala, antes, de reciprocidade e de colaboração solidária entre os membros dos clãs Maori. Eles tinham e têm as suas próprias divindades, invocadas para diversas actividades: eles próprios. Sabiam distinguir entre seres humanos e espíritos, sendo estes o que mais temiam. Forma de acreditar que dá passo não a deuses, mas sim a símbolos que representam a realidade. Por outras palavras representações da realidade humana, como são explicadas na nota de rodapé pelo autor. Os símbolos e espíritos tinham nome. Te Puni, um chefe
Maori do século XIX espírito, que era chefe e símbolo. O símbolo mais usado como ritual pelo povo Maori, era uma impressionante tatuagem, pintada na cara: a tatuagem moko. Para muitas culturas a mão, o rosto e o pescoço estão fora da pintura corporal. Para os maoris, o homem cobre todo o rosto quanto mais nobre ele é. A tatuagem tinha uma coisa distintiva de status dentro da tribo, ou do clã. A posição social é dada pela tatuagem também. Quando eles entravam em guerra, cortavam a cabeça do inimigo e colocavam-na em urnas sagradas. No século 19, as cabeças tatuadas dos guerreiros maoris se tornaram objectos cobiçados por coleccionadores europeus. Começou, então, o tráfico dessas cabeças, os próprios maoris passaram as trocar por armas de fogo. Era uma história assustadora e triste, pois eles tatuavam para matar e vender.
O que interessa para a reprodução, é saber as formas de trabalho. Narrada antes, apenas acrescento que a divisão do trabalho é por sexo. Todo o que diz respeito a plantações hortícolas, é trabalho de homem, tal como o é construir casa, fabricar canoas, instrumentos de trabalho, instrumentos musicais, preservar cabeças humanas. É sabido que os Maori são um povo canibal, como diz a página 134 do livro que me orienta: Primitive Economics of the New Zealand Maori, George Routledge & Sons. Ltd, Londres, 1929,1ª Edição. Costumam preservar com óleo as cabeças dos seus inimigos. Cabe as mulheres cuidar a casa, o preparar as comidas, os trabalhos no mar, como retirar algas e pescar. Como foi relatado antes, os fundamentos das famílias é exógamo: a mulher contratada, que deve pertencer a outro clã, sai das suas terras, onde mais tarde irão trabalhar os seus filhos que casam com as suas primas. A mulher não perde a herança por sair do seu Hapu, mas a recupera por meio do acasalamento da descendência. Narrado antes, narrado fica. Factos comentados em http://en.wikipedia.org/wiki/Raymond_Firth e referências em todas as entradas Internet da página Web: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Raymond+Firth+Primitive+Economics+of+the+New+Zealand+Maori&btnG=Pesquisa+do+Google&meta=&aq=f&oq=
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
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