terça-feira, 3 de agosto de 2010
República nos livros de ontem nos livros de hoje - 95 e 96 (José Brandão)
Liberalismo, Socialismo, Republicanismo
(antologia de pensamento político português)
Joel Serrão
Livros Horizonte, 1979
Duas hipóteses se nos apresentavam quanto ao modo de fazer esta antologia: o respeito exclusivo pela seriação cronológica dos autores seleccionados e dos respectivos escritos, ou a tentativa de explicitar os núcleos fundamentais e sucessivos da temática e problemática políticas portuguesas no período a que este volume respeita: da instauração do liberalismo (1820) à crise do republicanismo (cerca de 1920).
Preferimos a última hipótese, que se nos afigurou mais apta a revelar o devir do pensamento cujos momentos mais significativos buscámos caracterizar e sumariar.
Para uma complementar e mais exacta situação temporal, todos os autores seleccionados são referidos pela ordem cronológica do nascimento nas notas bibliográficas que lhes são consagradas, no fim do volume.
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A Lição da Democracia
(Oitenta e Oito Anos de República em Portugal)
Caetano Beirão
Lisboa, 1922
Oitenta e oito anos de republica em Portugal?! – Poderá parecer ousada esta afirmação, mas não o é, se atendermos ao que se pretende designar pela palavra «republica».
Deixemos o seu significado etimológico; tomemo-la no seu sentido moderno, isto é, no de «regime político que se contrapõem a monarquia». Se monarquia é a organização do Estado em que governa «um só», em que há um poder supremo que concentra o poder politico, exercido por um órgão a que vulgarmente se chama «a realeza», em contraposição, república é o regime em que não existe esse poder supremo e em que, consequentemente, o poder político não está centralizado num órgão forte que exerça essa função.
Se atentarmos na realidade dos factos, vemos que esta definição é perfeitamente verdadeira.
Nas repúblicas o poder político é exercido pelo parlamento…
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