terça-feira, 7 de setembro de 2010

Amor eterno

Ethel Feldman


Se ele disser que me ama, faço um poema, porque sempre acreditei nele. Quando disser que acabou, como tudo acaba um dia, não vou acredita. Ele mente quando respira.

Se me abraçar e der um beijo na boca, vou estar certa de tudo que sente e não sente.

Vou confundir o presente com o passado, e chorando direi: - Nunca me amaste!

Se ele insistir que no passado o sentimento era outro. Indignada gritarei: - Mentiroso!

Quando partir estarei fechada no quarto acariciando a dor.

À noite, abraçarei o vazio, com um nó na garganta, soletrarei: - ele sempre me amou! Perdida no tempo, entre o que é e o que foi, entre o que quero e perdi, passeio entre bosques, vejo fadas e anões. Pergunto pela raposa. Ninguém me responde.

Quando ele voltar e disser envergonhado que o nosso amor é eterno, vou acreditar.

- Luis, olha o jantar que esfria...

- Só janto quando acabar o futebol....

- Mas...

- Deixa-me em paz! Nem aqui descanso... GOOOOOOOOOOOOL

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