domingo, 17 de outubro de 2010

Amar uma mulher


Raúl Iturra

...para a mulher que trata de mim…ela sabe quem é

Não é simples definir a palavra amor. Ainda mais, se estamos apaixonados por ela.

Por ser um sentimento, é capaz de não precisar definição. Os sentimentos vivem em nós, multiplicam-se em nós, fuzilam-nos sem morrer e fazem de nós seres felizes, especialmente se tratam da nossa saúde, não no sentido calão de ironia, mas na realidade tomam conta de nós e ficam tristes se vêm que nos próprios, aparentemente, não cuidamos estes corpos doentes e envelhecidos, que, não entanto, ainda têm a força de trabalhar com ímpeto e gracejo.

Amar uma mulher hoje em dia, e que o amor permaneça ao longo do tempo, com a fiel companheira da nossa cronologia, que apenas tem um homem, esse que a ama e mais nenhum, que eu saiba. Não há pior felonia do que as mulheres que amamos, por causa da sua libido, andem também com outros, esse amor que em todos os meus textos, denomino amor de meia hora, que não exprime sentimentos nem apoio. Se assim for, seria uma prostituta e era mais fácil pagar às senhoras de rua que amar a nossa apaixonada. Porque amar, esse sentimento gratuito que aparece se nos esperar o surgimento de uma intimidade que tudo o suporta, apoio em todo, acompanha e, com justa razão, chamam a nossa atenção para comportamentos mais conveniente para nós. Amar uma mulher, é a glória, como o maná que caiu de céu para acompanhar ao povo Israelita atravessar o imensamente quente deserto de Sinai, protegidos por una nuvem durante o dia, alimentados pelo maná. Maná (Bíblia) - A comida de origem divina relatada no antigo testamento da Bíblia.

A fidelidade é o maior prazer do mundo, esse mútuo acompanhamento dentro do nosso quotidiano. Não é em vão que Sigmund Freud, escreveu em 1820: Além do principio do prazer, que pode ser lido em francês em http://classiques.uqac.ca/classiques/freud_sigmund/essais_de_psychanalyse/Essai_1_au_dela/au_dela_prin_plaisir.html , texto no qual de forma sintética da minha parte define o sentimento de entrega mútua ou ter amor a; gostar muito de alguém, estar apaixonado.

Porque especifico uma mulher, quando declino o verbo amar? Porque hoje em dia há várias formas de se apaixonar: ou por pessoas do mesmo sexo, como a lei permite, ou uma paixão não correspondida pela pessoa de quem gostamos.

Eu imponho apenas uma condição: eu amo a mulher que me ama e se entrega completamento a mim, por causa da sedução que os homens sabemos usar, não pela sedução que elas tentam impingir em nós. Parece-me que quem deve dizer que ama é o homem, sendo a mulher um ser humano recatado que espera com paciência e em silêncio, que o macho que ama, diga alguma coisa.

Usei a palavra macho propositadamente. Moramos numa sociedade que é patriarcal e as mulheres têm que se defender do sentimento machista que manda em elas. Princípio que tenho respeitado e até lutado, por sermos pessoas iguais em sentimentos, mas com formas de se apaixonar e demonstrar esse amor, de forma diferente. No meu entender, a mulher beija depois o homem ataca primeiro, com doçura, presentes e piropos, por causa de ser a mulher a primeira em atrair ao homem.

Outras vezes, acontece que, sem darmos por isso, abrasamo-nos com respeito e de forma espontânea. Para que esse sentimento permaneça vivo, só se fala dos acontecimentos do dia-a-dia e demonstra-se a ternura que sentimos por ela, que, no melhor dos casos, entendemos que acontece quando há paixão, saúde e uma cronologia certa, sem receber reptos dela que não merecemos. Sentimentos que se aplicam também a seres humanos do mesmo sexo, com uma ética impecável.

Eu amo essa mulher. Haja deus, como dizem as pessoas de fé, que ela me ame também. Porque amar é não controlar e entender as desfecha da outra pessoa, respeitando o seu comportamento.

Eu amo uma mulher especial. Espero ser amado por ela e serem os meus sentimentos respeitados e entendidos.

Amo-te, rapariga, nestes últimos anos da minha vida.

6 comentários:

  1. Achei muito bonito, Prof. Iturra, fora algumas coisitas aí pelo meio que, ou eu não compreendi bem, ou apelam à passividade da mulher na manifestação dos sentimentos, coisa com que não estou de acordo.Mas é uma linda declaração de amor.

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  2. O texto não vem assinado, mas penso que será de Raul Iturra. Porque vem nas etiquetas o seu nome. E porque está de acordo com outras coisas que ele já escreveu.
    Professor: só espero que isto não seja uma declaração de amor pública! Espero que lho vá dizendo todos os dias, de todas as formas possíveis, com palavras e sem palavras, com actos, com olhares, com sorrisos, com eventual resignação pelo que não gosta, com esperança na continuação desses momentos que valem a pena... Amar hoje á mais difícil? Talvez seja. Nós, mulheres, para mantermos a nossa maneira de ser, já que queremos ter a nossa própria vida, não viver só para o parceiro e os filhos, temos mesmo que fazer um grande jogo de cintura para manter viva uma relação! E os homens também, nesta nova forma de nos verem e sentirem.E, sobretudo, com a desistência tão fácil, com a mudança são banal...
    Espero que viva muitos e bons anos com este estado de espírito e com o amor dessa mulher!

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  3. Queridas Senhoras ou raparigas, a nossa idade cronologica não conta! Escrevi este texto porque, e queiram desculpar, há mulheres que dizem gostar de nós, mas todo indagam e entram pela nossa alma com o anseio de saber e controlar. Não esqueçam os ensaios meus em Aventar www.aventar.eu ou no estrolabio: as mulheres não gostam de nós!
    Obrigado pela vossa paciência de ler os meus textos e os comentar. São raras as pessoas que o fazem!
    Do vosso
    Raúl Iturra
    lautaro@netcabo.pt

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  4. Oh, Professor, que injustiça! Não deve saber do que uma mulher é capaz quando ama mesmo um homem.

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  5. Gostei imenso do seu texto Prof. Iturra, como de outros que tenho lido. Mas a Augusta tem razão. Uma mulher quando ama um homem é capaz de nos acarinhar na solidão,desculpar erros apoiando-nos, beijar os nossos silêncios, encorajar as nossas iniciativas. Mas é preciso que façamos o mesmo. Amar é um acto de reciprocidade,de leadade e de respeito pela identidade de cada um.

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