Eva Cruz
Em terras de Belém
Presépio de sangue
Estrelinha apagada
Magos sem rumo
Jesus nascido
P´ra nada.
Na coroa os espinhos
Nas mãos as chagas
Cristo perdido
Entre os homens
O Gólgota erguido.
Um muro de ódio
Feito de mortos
Feito de corpos
Cristo de novo crucificado
Mártires lado a lado
Eternos heróis
Rebentados de pólvora
Atada à cintura
Um muro erguido
Entre a fome
E a fartura.
Ergue-se a lua
Em forma de crescente
À Palestina sem terra
Resta apenas
O céu do Oriente.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Só sei falar disto em prosa, Eva, e tenho falado muito. Um grande abraço por o teres posto com tanta emoção em poesia.
ResponderEliminarObrigada Clara por teres lido.
ResponderEliminarSobre assuntos tão cruéis e complexos, encontro
mais facilmente o caminho na simplicidade dos meus textos a que chamas poesia.